Senadores irão ao STF caso Pacheco não prorrogue CPI, diz Alessandro Vieira
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), membro da CPI da Covid, disse hoje, em entrevista ao UOL News, que os parlamentares irão ao STF (Supremo Tribunal Federal) caso o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), não prorrogue os trabalhos da comissão.
"O presidente do Senado surpreendentemente ontem recebeu o requerimento de prorrogação, o regimento é cristalino, quando chega o requerimento com o número de assinaturas ele só pode fazer uma coisa, que é prorrogar. Mas ele decidiu deixar a leitura para um outro momento que ele considere oportuno. É mais do mesmo. Vai ter o mesmo encaminhamento e o mesmo resultado: se ele não fizer a leitura e a prorrogação nós vamos ao Supremo Tribunal Federal", disse Vieira.
Ontem, Pacheco (DEM-MG), disse que o pedido de prorrogação do funcionamento da CPI só poderá ser analisado ao fim do prazo de 90 dias de funcionamento da comissão.
A afirmação de Pacheco foi dada em resposta a uma questão de ordem apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, que defendeu um prazo maior para que os trabalhos da comissão possam ser concluídos.
Pacheco resiste à pressão para prorrogar o prazo da CPI. Ele pretende esperar e avalia consultar os líderes partidários da Casa para decidir sobre o adiamento.
Na segunda-feira (28), Randolfe apresentou um requerimento para prorrogar os trabalhos da CPI por mais 90 dias. Se não houver recesso formal - cenário mais provável - o prazo atual termina no dia 26 de julho.
Os senadores da oposição e alguns independentes afirmam que é preciso mais tempo para a apuração, especialmente agora que o colegiado quer investigar um suposto esquema de corrupção no governo federal com a compra de vacinas.
O pedido já conta com 28 assinaturas, uma a mais que as 27 necessárias. Para que o prazo seja prorrogado por mais três meses, Rodrigo Pacheco precisa ler o requerimento em uma sessão do plenário do Senado, assim como fez com a instalação da CPI. Naquela ocasião, porém, o presidente do Senado só autorizou o funcionamento após ser obrigado por decisão do STF.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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