Grupo entra em confronto com seguranças de metrô em São Paulo
Um grupo de pessoas e seguranças da concessionária ViaQuatro, que administra a linha amarela do metrô de São Paulo, entraram hoje em confronto no final do ato que pede o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Relatos de pessoas que estavam presentes informam que seguranças estariam dificultando a entrada na estação Higienópolis-Mackenzie, localizada na região central da capital paulista, minutos antes do começo das agressões.
A reportagem testemunhou quando agressores, alguns com tocas e gorros tampando o rosto, atiraram pedras, entulhos e lixos na direção dos seguranças da estação Higienópolis-Mackenzie. A guarnição ficou encurralada em uma das entradas para a estação se protegendo com escudos das pedras, paus e chutes que receberam.
Um reforço da guarda de seguranças chegou e tentou ajudar os agentes, que novamente foram encurralados por cerca de 30 agressores.
Um agente foi atingido, caiu no chão e foi socorrido por outros seguranças. Dentro da estação, um dos agentes socorreu o colega, que aparentava estar desacordado no chão. Não há informações, até presente momento, sobre seu estado de saúde.
Momentos depois, motos e carros da Polícia Militar desceram para reforçar a segurança da estação. Foi nesse momento que o grupo fugiu, descendo a Consolação.
Em seu perfil no twitter, a Polícia Militar afirma que agentes de trânsitos foram hostilizados "por vândalos" e publicou imagens de pontos de ônibus depredados. Há relatos nas redes sociais de agressões cometidas por policiais militares durante a dispersão do protesto.
Agressores invadem faculdade
Parte do agressores invadiu a Universidade Mackenzie. Dentro da recepção, quebraram máquinas e vidraças, de acordo com seguranças do estabelecimento de ensino.
Na fachada do prédio, foi possível observar vasos quebrados e vidros estilhaços por todo lado. Vidraças da área externa da faculdade e a porta de entrada da recepção foram destruídas.
Perto da esquina da Consolação com a rua Maria Antonia, alguns metros depois da estação, um grupo atirou pedras contra um ponto de ônibus. Também atearam fogo em um bloqueio de um dos lados da avenida, formando uma barricada.
Segundo integrantes da comissão de Direitos Humanos da OAB, que acompanhou a manifestação, um rapaz teve a prisão decretada em flagrante por policiais militares e ficou ferido, sendo levado para a Santa Casa.
Pouco depois das 20h, o ato dispersou. Apenas alguns manifestantes permaneciam na Consolação. A PM disparou bombas de gás lacrimogêneo para dispersa-los, mas algumas pessoas seguiam na rua.
*Colaborou Gabriela Sá Pessoa
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