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'Bolsonaro só quis vacina quando houve chance de propina', diz Renan

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, durante sessão da comissão - Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, durante sessão da comissão Imagem: Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

04/07/2021 19h36

Relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) publicou hoje um resumo de suas conclusões a respeito dos trabalhos até agora da Comissão Paramentar de Inquérito.

"Síntese de 60 dias de CPI: Bolsonaro desdenhou da pandemia, criou governo paralelo, sabotou os imunizantes, alastrou o vírus e entregou vidas a charlatães e lobistas de cloroquina como ele e os filhos;300 mil mortes eram evitáveis; só quis a vacina quando houve chance de propina", afirmou o senador em seu perfil no Twitter.

Como relator, Renan é responsável pelo cronograma dos trabalhos, por apresentar a linha de investigação e pela elaboração do relatório final da CPI. O documento com as conclusões da comissão deve ser encaminhado ao Ministério Público ou à Advocacia-Geral da União, para que adotem as devidas medidas legais.

O senador é um dos integrantes do grupo de parlamentares não alinhados ao governo Bolsonaro na CPI, ao lado de Tasso Jereissati (PSDB-CE), Eduardo Braga (MDB-AM), Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Humberto Costa (PT-PE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Ontem, a PF (Polícia Federal) enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal), manifestação na qual ter diz ter reunido indícios de que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) recebeu R$ 1 milhão em propina da Odebrecht em troca de apoio a um projeto de interesse da empreiteira.

A informação foi enviada após conclusão de inquérito aberto em 2017. A polícia indiciou o senador pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Cabe ao Supremo agora enviar o caso para a PGR (Procuradoria-Geral da República) que decidirá se denuncia ou arquiva o caso.