PF indicia senador Renan Calheiros por corrupção e lavagem de dinheiro
A PF (Polícia Federal) enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal), manifestação na qual ter diz ter reunido indícios de que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) recebeu R$ 1 milhão em propina da Odebrecht em troca de apoio a um projeto de interesse da empreiteira.
A informação foi enviada após conclusão de inquérito aberto em 2017. A polícia indiciou o senador pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Cabe ao Supremo agora enviar o caso para a PGR (Procuradoria-Geral da República) que decidirá se denuncia ou arquiva o caso.
Em nota, Renan Calheiros disse que "a Polícia Federal não tem competência para indiciar senador. Apenas o STF. Essa investigação está aberta desde março de 2017 e como não encontraram prova alguma, pediram prorrogação."
E continua: "É uma surpresa que justamente agora, quando a PF, instituição de Estado, abre a investigação sobre a Precisa para facilitar Habeas Corpus do vendedor da vacina da propina e garantir seu silêncio na CPI, tentam essa retaliação. Mas não irei me intimidar. Os culpados pelas mortes, pelo atraso das vacinas, pela cloroquina e pela propina irão pagar."
Renan é relator na CPI da Covid que apura se houve omissão do governo federal no combate à pandemia.
A PF diz que "diante da robustez do material probatório, e em razão da corroboração das hipóteses criminais investigadas, o delegado de Polícia Federal subscritor [...] entende pela existência de elementos concretos e relevantes de autoria e materialidade dos crimes investigados no presente inquérito, motivo pelo qual entende pelo indiciamento de: José Renan Vasconcelos Calheiros pelos crimes de corrupção passiva, previsto no art. 317 do Código Penal, e lavagem de dinheiro".
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