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Renan ironiza frase de Ricardo Barros: 'honra sequestrada por Bolsonaro'

Renan Calheiros diz que Ricardo Barros quer impor sua ida à CPI ao acionar STF - Edilson Rodrigues/Agência Senado
Renan Calheiros diz que Ricardo Barros quer impor sua ida à CPI ao acionar STF Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

05/07/2021 10h17

O relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), ironizou no Twitter uma frase do líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), e disse que o deputado federal teve "a honra sequestrada" pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A manifestação de Renan ocorre em resposta a uma postagem de Barros realizada ontem, na qual disse que a CPI não poderia sequestrar a sua honra.

Na última sexta-feira (2), o deputado protocolou um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) para que o seu depoimento fosse agendado, dizendo que queria comparecer à CPI da Covid o quanto antes.

Renan rebateu: "O líder do Governo quer impor sua ida à CPI. Diz que teve sua honra sequestrada. Teve sim: por seu Chefe Bolsonaro, que o acusou e até hoje não negou ou defendeu".

Ricardo Barros seria ouvido na próxima quinta-feira (8), mas a oitiva foi desmarcada. Em nota enviada à imprensa, Barros contestou a mudança de data, e afirmou que o adiamento pelo presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM), é "abuso de poder ao impedir a apuração e os esclarecimento dos fatos perante a Comissão".

Ontem, ele gravou um vídeo com seu posicionamento.

Barros teve seu nome citado na CPI da Covid durante depoimento do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), no dia 25 de junho. Segundo Miranda, ao denunciar os indícios de irregularidade na compra da vacina indiana Covaxin a Bolsonaro, o presidente teria dito que 'era coisa do Ricardo Barros'.

Até o momento, Bolsonaro não se manifestou especificamente sobre a alegação de Luis Miranda de que teria se referido a Barros quando informado sobre supostas irregularidades.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.