Simone Tebet classifica denúncias na CPI da Covid como 'briga de gangues'

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) definiu como "briga de gangues" as denúncias de corrupção que envolvem a compra de vacinas contra a covid-19. Ela foi entrevistada no UOL News de hoje.

"Eu acho que a gente pode resumir tudo isso, de forma bem objetiva, como "briga de gangues". A gente só consegue descobrir o malfeito quando uma gangue denuncia a outra porque está perdendo espaço", disse.

Relacionadas

CPI: Aziz retira sigilo de celular de PM que ofereceu vacinas ao governo

Aziz contraria Pacheco e anuncia que CPI vai funcionar durante recesso

A senadora, que apesar de não ser membro da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, tem participado ativamente e ganhado destaque durante os depoimentos, disse que enxerga três diferentes grupos atuando de alguma forma dentro do Ministério da Saúde em busca de conseguir lucrar em cima do orçamento da pasta.

Ela explicou que o primeiro núcleo supostamente envolveria o ex-diretor de logística Roberto Dias. O segundo, para ela, teria a participação do coronel Élcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde e, por fim, o terceiro grupo seria aquele integrado pelo reverendo Amilton Gomes de Paula, da Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários).

"Parece que são três núcleos ali, que podem estar se digladiando em cima de um orçamento que nós sabemos que não é pequeno", resumiu Tebet.

A senadora ainda comentou sobre os próximos da CPI e opinou que o ministro Onyx Lorenzoni deve ser convocado, assim como Élcio Franco que retornará para um segundo depoimento.

Ela classificou Élcio Franco como uma das pessoas centrais neste momento, junto com Roberto Dias. "Eu acho que muita gente não vai dormir de hoje para amanhã, esperando qual vai ser a fala do Roberto Dias. (Ele) pode querer não ficar com isso aí sozinho, pode querer sair atirando pra algum lado."