Ciro defende Barroso de 'agressão descabida'; políticos se solidarizaram
Ciro Gomes (PDT), candidato à presidência em 2018, manifestou solidariedade ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, após novos ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ciro disse que Barroso foi vítima de agressão descabida.
"Os termos chulos de um ser tão desesperado e desqualificado não afetarão em nada o TSE, nem seu ministro presidente. Muito menos intimidarão os democratas deste país", escreveu Ciro em seu perfil no Twitter.
Hoje de manhã, em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro chamou Barroso de "imbecil" e "idiota" e disse que era uma vergonha o ministro estar no STF. Mais uma vez, o presidente fez acusações infundadas sobre fraudes em eleições.
O relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL) prestou solidariedade aos democratas, destacando o ministro Barroso. "A agressividade cresce conforme a CPI avança nas apuração na corrupção das vacinas", escreveu.
O senador Otto Alencar (PSD-BA), membro da CPI da Covid, disse que o presidente está se sentindo isolado e acuado e por isso fala "palavras chulas, ignóbeis e sem credibilidade".
Para o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), "Bolsonaro tem medo de ser derrotado e deportado do Planalto à cadeia". Outro que manifestou em apoio a Barroso foi o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO), que rompeu com o presidente em abril deste ano. Ele disse que o ministro "merece cadeia de aplauso".
A ex-candidata à vice-presidência Manuela D'Ávila (PCdoB) compartilhou o vídeo de Bolsonaro desta manhã e disse que ele é "muito, muito burro", em referência à pesquisa Datafolha que apontou que 57% dos entrevistados consideram o presidente "pouco inteligente".
O governador de São Paulo, João Doria, também se posicionou na noite de hoje. "Meu total e irrestrito apoio ao STF e ao TSE, nas figuras dos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso", escreveu. E completou: "Nossas instituições não permitirão ataques autoritários que flertam com golpes".
A declaração desta manhã levou vários políticos a usarem suas redes sociais para defender a confiabilidade da urna eletrônica e a democracia.
João Amôedo (Novo), que foi candidato à presidência em 2018, alertou: "não caia em fake news". A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) disse que Bolsonaro é "uma ameaça à democracia" e pediu impeachment.
O colega de Barroso no STF Alexandre de Moraes reforçou que os brasileiros podem confiar nas instituições. "Não serão admitidos atos contra a Democracia e o Estado de Direito, por configurar crimes comum e de responsabilidade", afirmou.
Já o deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ) compartilhou as acusações de Bolsonaro contra o TSE e as críticas do preisidente contra Barroso.
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