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Aziz diz que Michelle Bolsonaro foi citada por investigado, mas pede provas

"É preciso responsabilidade para se chegar a verdade e não se precipitar", ponderou o presidente da CPI - Adriano Machado/Reuters
"É preciso responsabilidade para se chegar a verdade e não se precipitar", ponderou o presidente da CPI Imagem: Adriano Machado/Reuters

Do UOL, em São Paulo

12/07/2021 21h38Atualizada em 12/07/2021 21h49

Presidente da CPI da Covid, o senador Omar Aziz (PSD-AM) confirmou que a primeira-dama Michelle Bolsonaro foi citada por um investigado pela comissão. Aziz não mencionou nomes, mas um texto publicado hoje pela coluna Radar, da Revista Veja, indicou que mensagens do celular do policial militar Luiz Paulo Dominghetti, que ofereceu vacinas ao Ministério da Saúde, faziam referência a "Michele [sic]".

"Eu sei o quanto é fácil para os desonestos de plantão citarem familiares em processos de lobby para mostrar 'intimidade' com o poder e aplicar seus golpes. Já fui vítima disso. É preciso responsabilidade para se chegar a verdade e não se precipitar em apontar o dedo antes de se ter provas do envolvimento de qualquer pessoa nos crimes que afloram nas investigações", escreveu o senador em uma rede social.

Sensatez e equilíbrio são características dos justos. E é por esse caminho que vamos seguir.
Omar Aziz, presidente da CPI da Covid

Segundo a Veja, o nome de Michelle surgiu em uma conversa de 3 de março, entre Dominghetti e um interlocutor identificado como "Rafael Compra Deskartpak". Na ocasião, o PM comentava assustado sobre a atuação de um reverendo — possivelmente Amilton Gomes de Paula — nas negociações.

Como já descoberto pela CPI, Amilton foi responsável por aproximar os supostos vendedores de vacinas ao Palácio do Planalto.

"Michele (sic) está no circuito agora. Junto ao reverendo. Misericórdia", escreveu Dominghetti. "Quem é? Michele [sic] Bolsonaro?", respondeu Rafael. E Dominghetti confirma: "Esposa, sim".

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.