Topo

Esse conteúdo é antigo

Bolsonaro tem que perder no voto, ou vai dizer que foi golpe, diz Doria

Governador de São Paulo, João Doria (PSDB), durante entrevista coletiva sobre a pandemia no Palácio dos Bandeirantes - Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
Governador de São Paulo, João Doria (PSDB), durante entrevista coletiva sobre a pandemia no Palácio dos Bandeirantes Imagem: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

Colaboração para o UOL

12/07/2021 21h40

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), falou hoje sobre um possível processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Em entrevista ao Derrete Cast, podcast do MBL (Movimento Brasil Livre), Doria disse acreditar no voto como mudança política.

"Dentro das circunstâncias, sim [sou a favor do impeachment]", afirmou o governador. "Mas entendo que o Bolsonaro tem que ser derrotado pelo voto porque senão se pode ter uma circunstância de dizer que foi golpeado, que foi um golpe", completou.

Segundo Doria, a "melhor forma de derrotar um facínora" é via eleições diretas. Para o adversário de Bolsonaro, o presidente da República já acumula "crime suficiente" para a abertura de um processo de impeachment.

"Se o povo for pra rua e o Congresso for pressionado, você consegue o impeachment. E se não for pelo impeachment, vai ser pelo voto. Bolsonaro não volta para um segundo mandato no Brasil", disse o tucano.

'Melhor via'

Candidato às prévias presidenciais do PSDB, marcadas para 21 de novembro, João Doria afastou inimizades com os colegas de legenda.

Além do governador de São Paulo, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-senador Arthur Virgílio (AM) são as apostas, até o momento, para a disputa da eleição da sigla.

"Quem sair vencedor das prévias do PSDB, sai validado e fortalecido para, neste momento, sendo consagrado pela eleição, ser não a terceira via, mas a melhor via", afirmou Doria.

O político mostrou confiança para as eleições de 2022. "Toda luta que você entra tem que ser para ganhar, não pode entrar para perder", disse. "O Brasil precisa voltar a pensar grande. A última vez que o Brasil pensou grande foi no governo do FHC. Teve um hiato no governo Temer onde o Brasil conseguiu respirar, ter um pouco de oxigênio, mas depois sucumbiu neste governo maluco do Bolsonaro."

"Hoje nós somos um pária do mundo. Ninguém quer mais os brasileiros porque o Brasil de um negacionista se tornou um país com o maior índice percentual proporcional de infecção e óbitos por Covid-19. Bolsonaro se tornou o negacionista do mundo, foi capa dos principais jornais do mundo com essa manchete, e nós que estamos pagando essa conta", disparou Doria.