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Flávio: Bolsonaro negocia com três partidos "maiores"; Patriota perde força

Flávio Bolsonaro: "Não temos tempo a perder. Estamos avaliando alternativas como PP, PL e Republicanos" - Agência Senado
Flávio Bolsonaro: "Não temos tempo a perder. Estamos avaliando alternativas como PP, PL e Republicanos" Imagem: Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

13/07/2021 09h11

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) disse que o pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), busca alternativas em partidos como PP, PL e Republicanos, que o apoiam no Congresso, para disputar a reeleição no ano que vem.

Segundo Flávio, a ideia é que Bolsonaro já esteja num novo partido neste ano — o prazo de filiação para disputar as eleições vai até abril do ano que vem.

"Não temos tempo a perder. Estamos avaliando alternativas como PP, PL e Republicanos. Não seria o que queríamos inicialmente, que era o presidente ter um partido para chamar de seu. Mas, por outro lado, tem a vantagem de já estar em um partido maior, com mais tempo de televisão e fundo partidário, para disputar a eleição. A decisão está com o presidente", disse Flávio, em entrevista ao jornal O Globo.

Desde que deixou o PSL, em novembro de 2019, o presidente procura uma sigla para abrigar sua candidatura a um novo mandato, em 2022. Tentou montar o Aliança pelo Brasil, mas a empreitada não deu certo.

O senador ressaltou que o Patriota ainda é uma opção para o pai. O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, decidiu este mês acatar um pedido da ala do Patriota contrária à filiação de Bolsonaro e afastar Adilson Barroso do comando do partido.

A decisão é passível de recurso, mas já significa um revés para Bolsonaro.

"Foram anuladas todas as atitudes dele (Adilson Barroso), que nós chamamos de irregulares. Estão voltando todos os delegados (afastados pelo presidente e contrários a filiação de Bolsonaro). Está afastando Adilson e Ovasco Resende assume a presidência", afirmou Jorcelino Braga, secretário-geral do Patriota, ao jornal O Estado de S. Paulo, na semana passada.

Uma convenção nacional do Patriota decidiu, no dia 24 de junho, afastar por 90 dias Adilson Barroso da presidência do partido. A reunião foi convocada pelo vice-presidente da sigla, Ovasco Resende, que assume o comando de forma interina. A mudança ocorre no momento em que o presidente Jair Bolsonaro negocia a filiação à legenda para lançar sua campanha à reeleição. Barroso é a favor da entrada de Bolsonaro no partido e Resende, contra.

A articulação de Bolsonaro para se filiar ao Patriota e controlar diretórios estratégicos deflagrou uma guerra entre correligionários. Barroso, por exemplo, já promoveu duas convenções com o objetivo de abrir caminho para a filiação de Bolsonaro, mas uma ala contestou a validade dos encontros por delegados da Executiva Nacional terem sido trocados. A convenção do último dia 24 foi a terceira em menos de um mês.

Resende disse ao Estadão que Bolsonaro está exigindo o comando dos diretórios do Patriota em São Paulo, Rio e Minas Gerais, os três maiores colégios eleitorais do país.

Segundo o jornal O Globo, interlocutores de Bolsonaro dizem que ele também tem conversas com o PTB, por meio do presidente da legenda, Roberto Jefferson. Outras opções seriam o PTC e PMB, siglas nanicas.

* Com informações do Estadão Conteúdo