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Mandetta: Saúde fala baixinho que 'tratamento precoce' não é recomendado

Luiz Henrique Mandetta comentou a demora de "um ano, sete meses e 536 mil mortes" - Jefferson Rudy/Agência Senado
Luiz Henrique Mandetta comentou a demora de "um ano, sete meses e 536 mil mortes" Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado

Colaboração para o UOL

14/07/2021 16h59Atualizada em 14/07/2021 17h39

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta ironizou a nova posição do governo sobre os medicamentos do chamado "kit covid". Mandetta disse que a pasta, agora "fala baixinho" que o "tratamento precoce" não é recomendado.

Na publicação nas redes sociais, o ex-chefe da Saúde comentou a demora para a decisão, e ainda cobrou ao CFM (Conselho Federal de Medicina) a tomar a mesma postura.

A fala faz referência aos documentos enviados pelo Ministério da Saúde à CPI da Covid nesta semana. Neles, a pasta diz que os medicamentos que compõem o chamado "kit covid" e foram divulgados e amplamente defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como "tratamento precoce" para a doença, são ineficazes contra o vírus.

A pasta encaminhou à Comissão duas notas técnicas após um pedido do senador Humberto Costa (PT-PE). O documento diz que "alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados". E que, por isso, não devem ser utilizados, "sendo eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente". Diz, ainda, que a "a ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados".

Além do presidente, estes medicamentos são defendidos por apoiadores do governo e chegaram a ser indicados pelo aplicativo TrateCov, do Ministério da Saúde.