CPI vai avaliar quebra de sigilo bancário da Jovem Pan
O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL) apresentou ao grupo um requerimento de quebra de sigilo bancário da Jovem Pan. A intenção é ter acesso às contas da empresa desde o início de 2018, além de uma comparação de valores antes e depois da pandemia.
No pedido, que também é assinado pelo senador Humberto Costa (PT-PE), eles justificam que o veículo é "grande disseminador das chamadas fake news". A empresa se pronunciou e disse que o pedido é "injustificável".
A expectativa é de que a comissão aprecie o requerimento amanhã, junto a outros mais de 150 pedidos. Suspensa por duas semanas durante o recesso parlamentar, a CPI terá novas frentes de investigação e nova composição.
A medida foi vinculada a outros requerimentos que visam ter acesso aos dados bancários de outros portais na internet e integrantes do chamado "gabinete do ódio".
Repercussão
Hoje, o grupo Jovem Pan de Comunicação emitiu um comunicado dizendo que "pedidos do gênero são injustificáveis". A nota, divulgada no site e nas redes sociais da empresa, foi lida pelo jornalista e locutor Joseval Peixoto.
"Os balanços da Jovem Pan são publicados anualmente no Diário Oficial. Para que não restem dúvidas quanto à transparência do comportamento da Jovem Pan, republicamos os balanços em nosso site", diz.
Para o grupo, é estranho que os senadores tenham solicitado este prazo porque a OMS (Organização Mundial da Saúde) ter oficializado a existência da pandemia de covid-19 apenas em março de 2020. Com isso, entendem que a "acusação de Calheiros não se enquadra no fato determinado para a criação da CPI" de investigar ações e omissões do governo no combate à crise de saúde.
O texto também garante que em 77 anos a empresa "jamais disseminou fake news". A conclusão da Jovem Pan é, portanto, que "se trata de uma acusação genérica que tem por única finalidade cercear a liberdade de imprensa no Brasil".
O posicionamento da empresa foi compartilhado nas redes sociais:
Para a Abert, a iniciativa "não aponta qualquer dado ou informação concreta" que a justifique. A Abratel afirmou que a imprensa "não é o foco dos trabalhos desenvolvidos pela CPI" e que, caso o pedido seja aceito, "estaremos diante de um precedente gravíssimo, desnecessário e equivocado, ferindo as liberdades de imprensa e expressão."
Com a repercussão, no entanto, pode ser que a comissão retire o requerimento de pauta. O tema também será discutido em reunião de membros da oposição.
* Com informações de Estadão Conteúdo
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.