Ex-ministro do Meio Ambiente, Salles mantém nome do cargo em perfil
Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente, ainda mantém na descrição do perfil do Twitter o nome do cargo que ocupou no executivo, mesmo após ter saído do governo do presidente Jair Bolsonaro há mais de um mês.
Salles pediu demissão em 23 de junho, enquanto já era alvo de dois inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal) por suposto favorecimento a madeireiros.
Autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, investigação da PF (Polícia Federal) apura se Salles atuou para afrouxar o controle do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) sobre a exportação de madeira.
Segundo as investigações, ele reuniu-se em março do ano passado com um grupo de madeireiros no Pará que vinham tendo cargas de madeira retidas em portos no exterior por falta da autorização do Ibama.
A Operação Akuanduba executou buscas e apreensões nos endereços de Salles e de outros 21 investigados, entre servidores do ministério, dirigentes do Ibama e empresários do ramo madeireiro.
Salles também é alvo de outro inquérito, autorizado pela ministra Cármen Lúcia no início deste mês. Trata-se da Operação Handroanthus, também da PF, que apura a suposta prática de crimes com o objetivo de dificultar a fiscalização ambiental e impedir investigação que envolva organização criminosa, além de suposto crime de advocacia administrativa.
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