"São Paulo não é terra da cloroquina", diz Doria em indireta a Bolsonaro
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a provocar hoje o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em discurso no litoral paulista, o tucano afirmou que o estado não é a "terra da cloroquina", mas da vacina.
Doria foi a Santos para lançar um projeto social de moradia nesta manhã. Ele fez um apelo às pessoas que não se vacinaram ou estão atrasadas com a segunda dose para procurarem postos de saúde e, no discurso, mandou indiretas ao presidente, com quem rompeu em 2019.
"Aqui, São Paulo, não é a terra da cloroquina, é a terra da vacina. Aqui, ninguém quer cloroquina, queremos a vacina", declarou Doria, ao final de sua fala, em tom que lembra campanha eleitoral. O governador é pré-candidato à presidência pelo PSDB e disputará as prévias do partido no final do ano.
Bolsonaro foi um dos principais propagandistas do uso da cloroquina contra a covid-19 mesmo que já houvessem diversos estudos que não só mostravam a ineficácia do remédio neste tratamento como o contraindicavam para combater a doença.
No mês passado, com cerca de um ano de atraso, o próprio Ministério da Saúde passou a admitir a ineficácia do medicamento e de outros do chamado "kit covid".
Em sua fala, Doria se dirigiu ainda às pessoas que ainda não se vacinaram. "Se você não tomou a vacina ainda, tome. Se você conhece alguém que não quer tomar a vacina, converse, dialogue, convença essa pessoa. A vacina salva e protege", declarou Doria.
Publicamente, o presidente Bolsonaro, que já questionou a eficácia de diferentes imunizantes, não declarou ter se vacinado.
O governador fez também um apelo às pessoas que já deveriam, mas ainda não tomaram a segunda dose. Só na capital, há hoje cerca de 198 mil pessoas com o esquema vacinal incompleto por atraso.
"Quem não tomou a segunda dose da vacina ainda, tome. Não importa se você passou alguns dias ou algumas semanas da data, não há problema nenhum. Pode tomar a vacina", garantiu.
Programa Vida Digna
Doria foi a Santos para lançar o programa Vida Digna, que visa realocar moradores de palafitas na Baixada Santista. O governo paulista irá construir 11 empreendimentos habitacionais em cinco cidades da região (Cubatão, Guarujá, Praia Grande, Santos e São Vicente) e revitalizar as áreas desocupadas em parceria com as prefeituras.
Ao todo, o projeto deverá impactar 2,8 mil famílias (cerca de 15 mil pessoas), com investimento de R$ 600 milhões.
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