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Eduardo Bolsonaro diz que não obteve assinaturas para abrir CPI contra TSE

Do UOL, em Brasília

15/08/2021 16h56

Ao responder um seguidora nas redes sociais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou que não conseguiu obter dos colegas as 171 assinaturas necessárias para instalar a CPI das Urnas Eletrônicas na Câmara dos Deputados. O ato foi visto como um ataque ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do órgão.

"Não consegui as 171 assinaturas necessárias. Eu não elejo todos os deputados do Congresso. O mal de algumas pessoas é esperar que os outros vão resolver o problema de todos", justificou à seguidora que teria ironizado a atuação do parlamentar.

O deputado, porém, se mostrou insatisfeito com as críticas feitas pela internauta à sua atuação congressual e disse colocar o próprio mandato à disposição do crivo popular em 2022.

"No mais, podem me trocar em 2022 que, seguindo com este seu pensamento e lançando pedras justamente naqueles que tentam fazer algo se expondo e expondo suas vidas, de fato, não via mudar", afirmou.

A afirmação de que tentaria abrir uma comissão de inquérito para tratar das urnas eletrônicas foi feita no dia 4 de agosto pelo deputado no Twitter.

"Estou preparando a peça para abrir a CPI das Urnas Eletrônicas com base nas graves denúncias embasadas no relatório da Polícia Federal em que através de documentos o próprio TSE admite que o sistema foi invadido, pelo menos em 2018", escreveu à época.

Até o momento, porém, nenhum documento da Polícia Federal, que tenha se tornado público, comprova ou insinua que a urna eletrônica foi invadida. Também não há nenhum indício de fraude nas eleições com urnas eletrônicas até o momento.

Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu que o TSE investigue as declarações do presidente Jair Bolsonaro contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro.