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Volta de Lula seria menos traumática do que reeleição de Bolsonaro, diz FHC

Fernando Henrique Cardoso trabalha por candidatura do PSDB em 2022, mas analisa Lula como melhor do que Bolsonaro caso polarização persista - Renato Araújo/Agência Brasil
Fernando Henrique Cardoso trabalha por candidatura do PSDB em 2022, mas analisa Lula como melhor do que Bolsonaro caso polarização persista Imagem: Renato Araújo/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

23/08/2021 07h46Atualizada em 23/08/2021 10h53

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse, em entrevista ao jornal Correio Braziliense, que uma eventual volta de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República seria 'menos traumática' do que a reeleição de Jair Bolsonaro (sem partido).

FHC reforçou que trabalha para que uma candidatura do PSDB se viabilize, mas que uma vitória de Lula seria melhor para o Brasil do que a de Bolsonaro caso a polarização persista até 2022.

"No momento, eu penso que a [reeleição] de Lula é menos traumática para o Brasil, de forma direta. Isso não quer dizer que eu não queira uma via pelo PSDB. Claro que eu desejo. Mas uma coisa é você desejar e trabalhar neste sentido, e outra coisa é analisar a realidade. Assim, por ora, entre Lula e Bolsonaro, acredito que o Lula seja melhor", disse.

Na última semana, FHC declarou apoio à pré-candidatura de João Doria (PSDB), atual governador de São Paulo. Para o ex-presidente, é importante o partido se afirmar nas eleições de 2022.

"Se depender de mim, é importante ter candidatura própria, é assim que os partidos se afirmam. Tem que ter uma liderança que afirme um sentimento que bata no coração das pessoas", disse.

FHC ainda manteve sua posição contrária a um processo de impeachment, com a ressalva de que ele pode se tornar inevitável dependendo da postura do presidente.

"Eu preferia que não houvesse [impeachment]. É preferível que ele fique na presidência e perca no voto. Eu já participei de impeachments, é um processo traumático. Às vezes, você é levado a um impeachment pela ação da pessoa. Se o presidente Bolsonaro perceber que ele não deve transgredir certas regras, talvez seja melhor para o Brasil", disse.