Após pedir desculpas na Câmara, ministro da Educação será ouvido no Senado
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, terá que se explicar no Senado pelas declarações que deu de que a inclusão de crianças com deficiência no ensino atrapalha outros estudantes sem a mesma condição. Ontem, em reuniões reservadas na Câmara dos Deputados, o ministro pediu desculpas pelas falas.
A ida ao Senado será na Comissão de Educação, que aprovou hoje a convocação do gestor do MEC (Ministério da Educação). Lá, ele também terá que se explicar sobre ter defendido que a universidade pública deveria ser "para poucos".
No dia 9 de agosto, Ribeiro disse que "a universidade, na verdade, deveria ser para poucos no sentido de ser útil à sociedade". Na ocasião, ele afirmou que o Brasil tem uma série de engenheiros e advogados "dirigindo Uber" por falta de colocação no mercado de trabalho".
Na mesma entrevista, o ministro usou o termo "inclusivismo" (usado em teologia) para se referir às crianças com deficiência nas escolas. Ele disse que elas "atrapalhavam" o aprendizado de outros alunos sem a mesma condição.
Ribeiro ainda defendeu a criação de turmas e escolas especializadas que atendam apenas estudantes com deficiência. O gestor do MEC também fez críticas contra a antiga norma do PNEE (Política Nacional de Educação Especial) que definia turmas mistas.
Uma semana depois, o ministro afirmou que existem crianças com "um grau de deficiência que é impossível a convivência".
As declarações foram amplamente criticadas. Ele chegou a pedir desculpa, nas redes sociais, "a quem se sentiu ofendido", dizendo que "algumas palavras foram utilizadas de forma não apropriada".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.