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Governador do PE diz que possibilidade de aliança do PSB com Lula é real

Paulo Câmara (esq.) ao lado de Lula (centro) e do prefeito do Recife, João Campos (dir,): possibilidade de aliança PT e PSB  - Ricardo Stuckert/Divulgação
Paulo Câmara (esq.) ao lado de Lula (centro) e do prefeito do Recife, João Campos (dir,): possibilidade de aliança PT e PSB Imagem: Ricardo Stuckert/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

03/09/2021 09h25

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB-PE), disse que existe uma possibilidade real de o partido fechar uma aliança com o PT para apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. Em entrevista à revista Veja, ele disse que uma decisão só deve ocorrer em 2022, mas sinalizou simpatia à ideia.

"Há uma diretriz do PSB de só discutir alianças em 2022. Mas as portas estão abertas. Não apenas ao PT, mas a todos os partidos do campo progressista que queiram conversar sobre um Brasil melhor. A aliança com o PT é uma das alternativas. A possibilidade de aliança com o presidente Lula é real", disse Paulo Câmara.

Segundo o governador de Pernambuco, Lula é "imbatível" no Nordeste e que existe um desejo comum entre os partidos em derrotar o atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), nas próximas eleições.

"Ele (Lula) continua sendo o político mais popular no Nordeste. Aqui ele é imbatível. O que vai nos unir em 2022 é tirar o presidente Bolsonaro do poder e mudar tudo que está acontecendo no Brasil", disse.

O apoio do PSB para a candidatura de Lula é considerado peça-chave para o PT. No último mês, o ex-presidente iniciou sua viagem pelo Nordeste justamente em Pernambuco, onde se reuniu com Paulo Câmara e outros representantes do partido.

Nas eleições de 2018, o PSB declarou-se neutro no primeiro turno, mas apoiou a candidatura de Fernando Haddad (PT) no segundo turno contra Bolsonaro.

Forte principalmente em Pernambuco, o partido se distanciou do PT durante as eleições de 2014, quando lançou Eduardo Campos como candidato — Marina Silva acabou disputando a eleição após a morte de Campos durante a campanha. No segundo turno, o PSB apoiou Aécio Neves (PSDB) contra Dilma Rousseff (PT).