Schelp: Bolsonaro fala em inflação dos pobres, mas esquece da classe média

Em participação no UOL News, o colunista Diogo Schelp avaliou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não está prestando atenção suficiente à crise inflacionária do país.

Segundo apuração de Thaís Oyama, Bolsonaro acredita ter 30% no primeiro turno das próximas eleições, e enfrentará Lula no segundo, mas pode perder por conta do que ele tem chamado de "inflação dos pobres".

Relacionadas

7 de Setembro: o que dizem as leis que preveem até 20 anos de prisão para policiais que participem de protestos

CPI quer que STF investigue prefeito bolsonarista flagrado com R$ 505 mil

Oposição vê vetos como 'sobrevivência' de Bolsonaro e articula derrubada

Schelp destacou que, além da inflação dos pobres, o presidente precisa lembrar também da "inflação da classe média". "Inclusive da parte da classe média que votou em Bolsonaro, em 2018, e também sofre bastante com preço de combustível e de alimentos."

Para ele, mesmo que o governo federal consiga tirar do papel programas assistenciais, considerável parcela dos brasileiros ainda sofrerão as consequências do aumento generalizado de preços.

"Mesmo que o presidente consiga, por exemplo, fazer um Bolsa Família turbinado, tem aí um problema pro ano que vem: a folga fiscal não vai ser tão grande quanto se esperava, inclusive por causa da inflação", afirmou.

"Mesmo que consiga fazer programas assistenciais que agrade uma parcela da população, ainda não vai ser o suficiente para resolver o problema de renda da classe média baixa, que também vai sofrer e sofre bastante com inflação", completou Schelp.