Ex-partido de Bolsonaro e DEM repudiam falas do presidente no 7 de setembro
O PSL, ex-partido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e o Democratas repudiaram as falas do mandatário feitas ontem nas manifestações de Brasília e de São Paulo. Segundo as legendas, a liberdade é o "principal instrumento democrático e não pode ser usada para fins de discórdia, disseminação de ódio, nem ameaças aos pilares da própria Democracia".
"Repudiamos com veemência o discurso do senhor presidente da República ao insurgir-se contra as instituições de nosso país. Hoje se torna imperativo dar um basta nas tensões políticas, nos ódios, conflitos e desentendimentos que colocam em xeque a Democracia brasileira", afirmam em nota divulgada à imprensa.
O PSL é o partido do deputado Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidente, e de outros parlamentares da chamada 'ala bolsonarista' no Congresso, como é o caso das deputadas Carla Zambelli (SP) e Bia Kicis (DF) e do deputado Vitor Hugo (GO), ex-líder do governo na Câmara.
Ambos os partidos também ressaltaram que os ataques às instituições democráticas a a integrantes dos demais Poderes "impedem" a política de encontrar "respostas efetivas aos milhões de pais e mães de família angustiados com a inflação dos alimentos, da energia, do gás de cozinha, com o desemprego e a inconstância da renda".
"Não existe independência onde ao cidadão não se garantem as condições para uma vida digna. O Brasil real pede respostas enérgicas e imediatas. Coloquemos as mãos à obra", dizem.
Declarações polêmicas
Ao participar das manifestações em Brasília e em São Paulo de ontem, Bolsonaro elevou os ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal), em especial, ao ministro Alexandre de Moraes, que tem ordenado a prisão de apoiadores do presidente, como o ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson.
Aos apoiadores, o presidente afirmou que "não mais cumprirá qualquer decisão" do ministro Alexandre de Moraes.
Em São Paulo, a Secretaria de Segurança do estado, com o apoio da Polícia Militar, calculou um público de 125 mil pessoas em favor do presidente na Avenida Paulista. O número de apoiadores do presidente que foram à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, porém, não foi divulgado pela Polícia Militar do Distrito Federal.
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