PSDB se reunirá hoje para definir manifesto e posição contra Bolsonaro
O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, convocou para a tarde de hoje reunião extraordinária da Executiva Nacional do partido para definir uma posição contra as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), proferidas ontem nos atos de Brasília e de São Paulo. O encontro será semi-presencial, sendo sediado em São Paulo.
Além de discutir as "gravíssimas declarações" do presidente, o diretório deverá debater às 14h30 um manifesto oficial da legenda e definir a atuação dos representantes do partido no Congresso. Uma provável pressão pela abertura de um possível pedido de impeachment do presidente, que depende do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), deverá ser pautada na reunião.
Representantes ligados ao deputado Aécio Neves (MG) não são favoráveis ao acirramento de ânimos contra o presidente. O parlamentar tem sido beneficiado com as chamadas emendas de relator ou RP9, que não são divulgadas ao público.
O PSDB também vai discutir se o partido entrará com "eventuais medidas legais" contra Bolsonaro.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), não participará do encontro, mas ontem, marcou posição contra as declarações de Bolsonaro. Ele disse que o Brasil "não pode mais" tolerar retrocessos e que a democracia "prevalecerá sobre o autoritarismo".
"Independência só é plena quando há respeito às leis, à Constituição e à democracia. Fora Bolsonaro", escreveu Doria em suas redes sociais.
A ala política do governador, porém, será representada, entre outros integrantes da legenda, por Marco Vinholi, presidente do partido em São Paulo. Para ele, o PSDB tem a responsabilidade, "perante as graves declarações de Bolsonaro", de se posicionar em favor da abertura de um processo de impeachment.
"Jamais devemos nos omitir perante o povo brasileiro, cumprindo nosso papel na democracia", afirmou.
Pelo Twitter, o senador Tasso Jereissati (CE) classificou as declarações do presidente como "inaceitáveis" e escreveu que as palavras de Bolsonaro "em desrespeito ao Supremo Tribunal Federal e seus ministros se configuram como clara afronta à harmonia dos Poderes e à Constituição".
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