CPI da Covid pode ser prorrogada, diz Omar Aziz
O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse hoje que a comissão pode ser prorrogada para além do dia 29 de setembro caso informações que chegaram a seus membros se concretizem.
Em entrevista à Globonews, Aziz disse que "há fortes indícios" de participação de outras pessoas, principalmente em relação à compra da vacina indiana Covaxin.
Em julho, o Ministério da Saúde determinou o cancelamento definitivo do contrato com a Precisa Medicamentos para a compra de 20 milhões de doses da vacina do laboratório indiano Bharat Biotech. A medida foi tomada após uma auditoria da CGU (Controladoria-Geral da União) demonstrar irregularidades em documentos apresentados pela Precisa na negociação com o ministério.
"A partir do momento que surge um fato importante, nós temos que ouvir as pessoas. E o fato que nós temos conhecimento, alguns membros têm conhecimento, que surgiu nos últimos dias — está dependendo de algumas informações — se for verídico, nós podemos, sim, ter que ouvir essas pessoas (...) Tudo depende de informações concretas para a gente não ser leviano", disse o senador.
Há, sim, fortes indícios de participação de outras pessoas, principalmente em relação à compra da Covaxin, que nós estamos investigando. Caso se concretize, volto a repetir, caso seja verdade a informação que foi repassada para a CPI, eu acho que não terminaremos dia 29 porque vamos ter que ouvir outras pessoas Omar Aziz
Compra
O governo federal fechou acordo para a compra de 20 milhões de vacinas Covaxin e aceitou pagar o valor de US$ 15 por unidade do imunizante, bem acima do valor das demais vacinas contra a covid-19 adquiridas pelo país, segundo apuração do UOL. As vacinas da Janssen e parte das vacinas da Pfizer, por exemplo, custaram US$ 10 a dose. Já a Coronavac, vendida pelo Instituto Butantan, custou menos de US$ 6 a dose. O acordo foi assinado em 25 de fevereiro e custaria R$ 1,6 bilhão.
As negociações para compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde tornaram-se alvo da CPI da Covid no Senado, por suspeitas de irregularidades, o que levou a pasta a suspender o contrato para compra do imunizante, após o empenho orçamentário de R$ 1,6 bilhão para pagar pelo fornecimento das doses da vacina indiana. O acordo com a Precisa também é investigado pelo MPF (Ministério Público Federal).
Em depoimento à CPI, a diretora-executiva da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, se negou a informar qual seria a margem de lucro destinada à empresa brasileira na intermediação da aquisição de 20 milhões de doses da Covaxin.
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