Botelho: Caso de Marconny mostra que Brasil precisa regulamentar lobistas
A acusação de fazer lobby para a Precisa Medicamentos em negociações com o Ministério da Saúde durante a pandemia levou Marconny Albernaz de Faria para a cadeira de depoente na CPI da Covid. Uma das discussões que o momento suscita é a possível regularização de lobistas no Brasil, segundo o colunista Augusto Botelho.
"Me incomoda a generalização, a começar pelo termo lobista. Será que não está na hora do Brasil, assim como outras democracias desenvolvidas do mundo, regulamentar o lobista?", disse ao UOL News. Botelho citou os Estados Unidos como um exemplo com esse tipo de estatuto.
"Precisa ser regulamentado para que não fique nesse limbo, não faça acusação infundada e não se feche os olhos para uma possível irregularidade", explicou. O depoimento de Marconny hoje traçou uma relação entre ele e a família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). "Essa CPI investiga fatos que ninguém quer investigar, por isso a importância dela", afirmou o colunista.
O empresário confirmou que mantém relação de amizade com um dos filhos do presidente, Jair Renan Bolsonaro, e reconheceu que detém negócios com a advogada Karina Kufa, que representa Bolsonaro. Com isso, Botelho afirmou: "É preciso que a CPI seja prolongada e se aprofundem nessas relações de forma intensa".
Jair Renan, filho mais novo do presidente, teria conhecido Marconny por amigos em comum. O empresário teria ajudado Renan a "criar uma empresa de influencer" e o apresentou a um colega tributarista que poderia auxiliá-lo. Pelas conexões, a CPI chamou uma das ex-esposas de Bolsonaro para depor, Ana Cristina Valle, que já é investigada no caso das rachadinhas de outros filhos do presidente.
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