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Oyama: Bolsonaro não nomeará Aras ao STF caso Mendonça não passe no Senado

Colaboração para o UOL

16/09/2021 19h27

Indicado para uma vaga de ministro no STF (Supremo Tribunal Federal) pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), André Mendonça está "tomando um senhor chá de cadeira", segundo análise da colunista Thaís Oyama para o UOL News. Além da demora para marcar uma sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), o ex-advogado-geral da União está sendo assombrado por rumores de que o atual procurador-geral da República, Augusto Aras, pode tomar a vaga em aberto.

"Aras tem grande simpatia por parte dos políticos. O que a gente sabe é que Bolsonaro, porque (Davi) Alcolumbre (presidente da CCJ) fica dizendo a preferência por Aras, tem afirmado que mesmo que Mendonça não passe, ele não nomeará Aras", revelou Oyama sobre o que o presidente tem dito a assessores próximos.

"Vamos ver se tem cacife para peitar isso", completou. Segundo a colunista, a maré está piorando para Mendonça com a saída de Cármen Lúcia para a primeira turma. Com isso, abre vaga na segunda turma, que é encarregada das denúncias da Operação Lava Jato, com quem o ex-advogado-geral tem laços.

Se já era um receio grande o nome desse novo ministro para a classe preocupada com os rumos da Lava Jato, agora piorou porque ele vai para a temida segunda turma. agora sim o negocio pro Mendonça ficou complicado, Alcolumbre não mostra que vai ceder."

Na análise de Oyama, a "bronca" dessa classe política "com Mendonça é o passado dele, "que dava apoio a (Sergio) Moro, tem mensagens dele com (Deltan) Dallagnol e dando apoio à Lava Jato".

"Gerou suspeita que uma vez investido da toga, independente se é bolsonarista ou não, é que ele vire, como dizem, um Edson Fachin que trabalhe pela condenação dos políticos com pendencia na justiça", explicou.