Cesar Maia sinaliza saída do DEM por fusão com PSL: 'Migrou para a direita'
O vereador do Rio de Janeiro Cesar Maia (DEM) indica que sairá do partido após a provável fusão com o PSL. Na avaliação de Maia, a movimentação obrigará o DEM a abandonar a centro-direita e marcar posição na direita.
"O DEM estava indo por um caminho de centro e optou por migrar para a direita. É uma decisão com foco apenas nas eleições de alguns governadores e deputados", disse em entrevista ao jornal O Globo.
Sobre a saída, Maia explicou que, com a fusão, "não haverá complexidade, bastará uma escolha". Diferentemente de sair no momento atual, que "exigiria uma solução jurídica com advogados de um lado e outro".
O ex-prefeito do Rio de Janeiro analisa que há 70% de chances da fusão se concretizar, mas que percebe uma "confusão" na escolha dos diretórios estaduais.
"Um acordo de ACM Neto com o pastor Silas Malafaia levou o deputado Sóstenes Cavalcante à presidência do DEM no Rio. Mas, se houver mesmo a fusão, o presidente será o Waguinho, prefeito de Belfort Roxo pelo PSL. Em São Paulo, difícil saber como vai se resolver", exemplifica.
Pai de Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara dos Deputados e hoje secretário de Projetos e Ações Estratégicas de São Paulo, César Maia avalia que a provável fusão mostra que já havia uma "pressão para empurrar o DEM para a direita", enquanto "Rodrigo já ocupava explicitamente o campo do centro". Rodrigo Maia foi expulso do DEM em junho deste ano.
Avaliação do cenário para 2022
Cesar Maia acredita que não há cenário ideal para o impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido) antes das eleições de 2022. "A proximidade das eleições não ajudará a formar maioria de dois terços", avalia.
Em relação ao pleito do ano que vem, o vereador acredita que "o mais provável" é o presidente da República desistir da disputar a reeleição, "sem decepcionar seu time por ficar fora do segundo turno". Em relação ao ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas até agora, acredita que, sem Bolsonaro, há chances de "perder musculatura".
Não seria surpresa se a eleição de 2022 ocorresse em torno de outros dois nomes excluindo Lula e Bolsonaro."
Cesar Maia, vereador e ex-prefeito do Rio de Janeiro
Em relação aos outros nomes, Maia avalia que não há uma disputa presidencial sem um nome de São Paulo — no caso, o governador João Doria (PSDB) — e que é preciso esperar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), decidir se irá entrar na disputa. "A opção por Minas Gerais é inteligente. Abre um caminho. Trata-se do segundo colégio eleitoral do país", completa, sem citar nomes.
Ainda sobre Pacheco, Maia acredita que ele deixará o DEM após a fusão com o PSL e que as conversas do senador com o PSD "avançaram muito".
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