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CPI aprova convocação do presidente da ANS para depor sobre a Prevent

O diretor da ANS, Paulo Roberto Vanderlei Rebello Filho, deve depor na CPI da Covid na semana que vem - Edilson Rodrigues/Agência Senado
O diretor da ANS, Paulo Roberto Vanderlei Rebello Filho, deve depor na CPI da Covid na semana que vem Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Colaboração para o UOL, em São Paulo

30/09/2021 16h51Atualizada em 30/09/2021 18h17

A CPI da Covid aprovou hoje a convocação do diretor-presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Paulo Roberto Vanderlei Rebello Filho. A expectativa é que ele seja ouvido na comissão na próxima quarta (6), segundo o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

A CPI quer entender como a ANS agiu diante de supostas irregularidades cometidas pela Prevent Senior, operadora que está sendo investigada pelo Ministério Público de São Paulo em relação à maneira com que lidou com pacientes que tiveram covid-19.

Hoje, Omar Aziz afirmou que a próxima semana deve ser a última de diligências. A cúpula do Comissão Parlamentar de Inquérito quer ouvir o dono da empresa VTCLog na próxima terça-feira (5).

Aziz anunciou também que a votação do relatório do colegiado, a ser entregue por Renan Calheiros (MDB-AL), deve ocorrer em 20 de outubro. A expectativa é que o texto seja lido na comissão no dia anterior.

O novo cronograma foi anunciado hoje pouco antes da abertura da audiência para ouvir o depoimento do empresário bolsonarista Otávio Fakhoury, suspeito de financiar o compartilhamento de fake news em blogs, sites e redes sociais. Ele também é apontado como integrante do chamado gabinete paralelo, estrutura de assessoramento informal ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), um dos objetos de apuração da CPI.

A semana posterior terá um intervalo proporcionado pelo feriado de 12 de outubro (terça). Dessa forma, segundo Aziz, o relator teria tempo suficiente para finalizar o texto com todo o resumo dos trabalhos da CPI e a conclusão da investigação.

Na última terça (28), Calheiros afirmou que o relatório está "praticamente pronto". O texto, no entanto, ainda deve sofrer atualizações a partir dos depoimentos que estão sendo tomados.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.