Após criticar Lula, Ciro divide ato com PT para 'proteger democracia'
O presidencial Ciro Gomes (PDT-CE) chegou ao ato contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Avenida Paulista, na tarde de hoje (2), com o discurso de superar divergências com outros políticos em defesa da democracia. Uma semana após criticar Lula em entrevista, o pedetista prega a união, mas também alfineta que mais para a frente será necessário discutir as intenções pelo futuro do país.
"Isso aqui é uma tarefa comum que nós temos, que é proteger a democracia. Depois, em outra ocasião, nós sempre falaremos quem é quem, quem é responsável pelo quê e quem não tem ideia nenhuma pelo futuro do país", disse ao UOL.
O pedetista foi criticado mais cedo pelo PCO, em discurso das lideranças do movimento no alto do carro de som — o principal entre os 10 presentes na Paulista.
Fernando Haddad (PT) também observou que é necessário "deixar de lado" as críticas entre os políticos para tentar viabilizar o processo de impeachment contra Bolsonaro.
Além deles, estão no evento nomes como os deputados Alessandro Molon (PSB-RJ), Marcelo Freixo (PSB-RJ), Jandira Feghali (PCdoB) e Guilherme Boulos (PSOL).
'Cada um de um lado', diz Gleisi sobre Ciro
Mesmo em defesa da união contra Bolsonaro, a presidente do PT, Gleise Hoffmann, disse que o diálogo com políticos de pensamento divergente — como Ciro Gomes — depende de uma certa distância.
"Cada um fica de um lado e pronto. O que importa é a união", disse ao UOL após discursar no principal carro de som da Paulista. "Temos muitas divergências políticas, mas tem uma coisa que nos une que é o impeachment de Bolsonaro".
Gleisi disse que a presença de nomes como Luiz Henrique Mandetta (DEM), o deputado Junior Bozzella (PSL-SP), além do próprio Ciro, ajudam a pressionar Lira na abertura de um processo de impeachment.
"Acho que esse ato com essa diversidade ajuda a aumentar a pressão. Não tínhamos isso nos outros atos. Isso reforça muito o movimento político dentro da Câmara."
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