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Após criticar Lula, Ciro divide ato com PT para 'proteger democracia'

Ciro Gomes participa de manifestação contra Bolsonaro após criticar Lula - Letícia Mutchnik/UOL
Ciro Gomes participa de manifestação contra Bolsonaro após criticar Lula Imagem: Letícia Mutchnik/UOL

Juliana Arreguy e Letícia Mutchnik

Do UOL, em São Paulo

02/10/2021 16h35Atualizada em 20/07/2022 20h25

O presidencial Ciro Gomes (PDT-CE) chegou ao ato contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Avenida Paulista, na tarde de hoje (2), com o discurso de superar divergências com outros políticos em defesa da democracia. Uma semana após criticar Lula em entrevista, o pedetista prega a união, mas também alfineta que mais para a frente será necessário discutir as intenções pelo futuro do país.

"Isso aqui é uma tarefa comum que nós temos, que é proteger a democracia. Depois, em outra ocasião, nós sempre falaremos quem é quem, quem é responsável pelo quê e quem não tem ideia nenhuma pelo futuro do país", disse ao UOL.

O pedetista foi criticado mais cedo pelo PCO, em discurso das lideranças do movimento no alto do carro de som — o principal entre os 10 presentes na Paulista.

Fernando Haddad (PT) também observou que é necessário "deixar de lado" as críticas entre os políticos para tentar viabilizar o processo de impeachment contra Bolsonaro.

Além deles, estão no evento nomes como os deputados Alessandro Molon (PSB-RJ), Marcelo Freixo (PSB-RJ), Jandira Feghali (PCdoB) e Guilherme Boulos (PSOL).

'Cada um de um lado', diz Gleisi sobre Ciro

Mesmo em defesa da união contra Bolsonaro, a presidente do PT, Gleise Hoffmann, disse que o diálogo com políticos de pensamento divergente — como Ciro Gomes — depende de uma certa distância.

"Cada um fica de um lado e pronto. O que importa é a união", disse ao UOL após discursar no principal carro de som da Paulista. "Temos muitas divergências políticas, mas tem uma coisa que nos une que é o impeachment de Bolsonaro".

Gleisi disse que a presença de nomes como Luiz Henrique Mandetta (DEM), o deputado Junior Bozzella (PSL-SP), além do próprio Ciro, ajudam a pressionar Lira na abertura de um processo de impeachment.

"Acho que esse ato com essa diversidade ajuda a aumentar a pressão. Não tínhamos isso nos outros atos. Isso reforça muito o movimento político dentro da Câmara."