Após um ano, TSE derruba decisão que tornou Crivella inelegível
Por unanimidade, os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiram derrubar a decisão que tornava o ex-prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella inelegível até 2026.
A Corte manteve, porém, a condenação por conduta vedada a agente público durante as eleições de 2018 e fixou multa de R$ 15 mil para ele, o filho, Marcelo Hodge Crivella (PRB-RJ), e o suplente de deputado estadual Alessandro Costa (PRB-RJ).
Em setembro do ano passado, o TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) tornou Crivella inelegível por seis anos, por abuso de poder político e conduta vedada a agente público. O Tribunal entendeu que ele usou veículos e funcionários da Comlurb, companhia de coleta de lixo do Rio, para promover um evento de campanha de seu filho e de Alessandro Costa, que tentavam se eleger deputados federal e estadual, respectivamente.
O evento havia sido divulgado como reunião da categoria com o prefeito para tratar de assuntos trabalhistas.
Para os ministros do TSE, porém, não ficou provado que o comício tenha reunido público suficiente para desequilibrar a disputa eleitoral do Rio de Janeiro.
Inicialmente, o TRE havia proposto o pagamento de multa de R$ 106.410 cada um. Como Crivella ainda podia recorrer da condenação, ele concorreu à reeleição em 2020, mas perdeu, por 35% a 64% dos votos válidos, para Eduardo Paes (PSD).
O ex-prefeito foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para assumir a embaixada brasileira na África do Sul, mas o país não chancelou a indicação até o momento.
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