Com anúncio de troca de partido, bolsonaristas pedem #ForaPacheco nas redes
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), virou alvo de ataque nas redes sociais hoje. No início da tarde, a hashtag "#ForaPacheco" era o assunto mais comentado do Brasil no Twitter.
Os críticos do senador, em sua maioria apoiadores do presidente Jair Boslonaro (sem partido), alegam que Pacheco estaria obstruindo pautas econômicas, atrapalhando assim os planos do governo federal.
"Presidente do Senado está simplesmente mandando um 'F*' para o Brasil, travando pautas estruturantes e de abertura econômica", escreveu um dos críticos. "Fora Pacheco que continua sentado em cima do projeto de redução do ICMS dos combustíveis. Fora Pacheco que continua sentado em cima da privatização dos Correios. Fora Pacheco que não resolve a sabatina do André Mendonça", defendeu outro internauta.
As reclamações também associavam o presidente do Senado a outros políticos: "Pacheco é Kassab. Kassab é Lula. Rodrigo Pacheco é o novo Rodrigo Maia do Brasil. O sabotador geral da República", escreveu mais uma usuária da rede social.
Nos perfis destas pessoas, além das críticas a Pacheco há publicações de apoio ao governo Bolsonaro.
As reações contra Pacheco nas redes acontecem no mesmo dia que veio a público a notícia de que o senador mineiro comunicou ao seu atual partido que vai deixá-lo para se filiar ao PSD.
A entrada de Pacheco no partido fundado por Gilberto Kassab vinha sendo especulada há algum tempo e o motivo da mudança seria a disputa das eleições presidenciais de 2022 pelo atual presidente do Senado. A pretenção é que ele ocupe o espaço ainda incerto do que vem sendo chamado de "terceira via".
Kassab tem repetido que considera Pacheco o candidato com o melhor perfil para romper com a polarização estabelecida entre o petista Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro.
Procurado pela reportagem do UOL por meio de sua assessoria, Rodrigo Pacheco não se manifestou sobre os ataques nas redes sociais ou a mudança de partido e a possibilidade de concorrer para presidente em 2022.
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