'Quero fazer mais e melhor pelo Brasil', diz Deltan após deixar MPF
O ex-procurador do MPF (Ministério Público Federal) Deltan Dallagnol, que pediu exoneração do cargo esta semana, justificou a decisão afirmando que quer "fazer mais pelo país".
"Minha vontade é fazer mais, fazer melhor e fazer diferente diante do desmonte do combate à corrupção que está acontecendo", disse hoje em seu perfil no Twitter.
Apesar do movimento no sentido da política, Deltan ainda não confirmou que será candidato e não falou sobre filiação a nenhum partido. Em vídeo publicado no seu canal do Youtube, o ex-procurador disse que tem "várias ideias" de como pode contribuir, mas que ainda vai avaliar melhor o assunto.
Creio que agora posso fazer mais pelo país fora do MP, lutando com mais liberdade pelas causas em que acredito. Às vezes é necessário dar um passo de fé na direção dos nossos sonhos.
Deltan Dallagnol
Ele ainda atribuiu sua decisão ao que chama de retrocessos no combate à corrupção no Brasil. "A sensação é de que nós fizemos está sendo desfeito, e a impunidade dá uma carta branca para que quem nos rouba continue roubando. Isso precisa parar", disse, em referência ao trabalho da PF e do MPF no âmbito da Operação Lava Jato.
Atualmente, sentenças advindas da operação vêm sendo revertidas, como no caso do ex-presidente Lula, que teve suas condenações anuladas. Além disso, o próprio Deltan é investigado pelo CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) pela criação de uma fundação privada da Lava Jato para gerir R$ 2,5 bilhões da Petrobras.
O ex-procurador ganhou notoriedade nacional ao chefiar a força-tarefa da Operação Lava Jato do Ministério Público Federal.
Dallagnol agora segue os passos de Moro, que também ganhou projeção nacional ao julgar os casos da Lava Jato e deixou a magistratura para ingressar na política.
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