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Secretaria da Presidência prevê gasto de R$ 14,9 mi para alugar 33 veículos

O presidente Jair Bolsonaro em evento em Russas, no Ceará - Alan Santos/PR
O presidente Jair Bolsonaro em evento em Russas, no Ceará Imagem: Alan Santos/PR

Do UOL, em São Paulo

16/11/2021 19h30Atualizada em 16/11/2021 19h49

A Secretaria-Geral da Presidência da República abriu um edital de licitação para fazer a locação de 33 veículos, com e sem motorista, para todos os estados das regiões Sul e Sudeste para o uso do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O pregão eletrônico para a abertura de ofertas começará no próximo dia 24, às 9h30 (horário de Brasília). A informação foi dada pelo jornal O Globo e confirmada pelo UOL.

De acordo com o edital do pregão eletrônico, publicado no DOU (Diário Oficial da União) no último dia 11, as locações são "destinadas ao atendimento das atividades administrativas da Presidência da República, seus Órgãos Integrantes, bem como as necessidades de segurança do Gabinete de Segurança Institucional afetas ao Presidente e Vice-Presidente da República".

O edital — que contém mais de 87 páginas — prevê a locação de carros para a região Sul pelo preço anual total de R$ 3.639.696,35 e o custo de R$ 11.263.620,29 de aluguel para a região Sudeste. O total de recursos destinados à locação dos 33 carros para as duas regiões é de R$ 14.903.316,64.

Segundo o edital, o pregão "trata-se de serviço comum de caráter continuado sem fornecimento de mão de obra em regime de dedicação exclusiva, a ser contratado mediante licitação, na modalidade pregão, em sua forma eletrônica".

Confira abaixo a listagem dos carros para a locação exigidos no edital:

  • 2 Executivos Blindados I;
  • 3 Executivos Blindados II;
  • 2 Caminhonetes (SUV) Executivas Blindadas 4X4;
  • 4 Caminhonetes Executivas 4x4;
  • 3 Carros modelos Executivo I;
  • 6 Carros modelos Executivo II;
  • 3 Carros modelos Executivo III ou de Categoria Superior;
  • 10 Carros modelos Populares ou de Categoria Superior.

Entre algumas das especificações dos veículos estão carros nos modelos sedan, SUV, quatro portas, com ar-condicionado, motor a gasolina ou bicombustível (flex), air bag e freio ABS, entre outros.

A listagem ainda cita exemplos de veículos que entram nas categorias como, por exemplo: ônibus, veículo para transporte de cadeirante, utilitário furgão, microônibus, micro-caminhão e guincho.

Na categoria de carros modelos populares ou de categoria superior se exclui "veículos compactos" como, por exemplo, o Fiat Mobi, Fiat Uno, Renault Kwid e Volkswagen UP.

O documento da Secretaria-Geral, gerida pelo ministro e general Luiz Eduardo Ramos, ainda prevê que os veículos locados "devem possuir, no máximo, 5 (cinco) anos de fabricação ou até 100.000 quilômetros rodados", com algumas exceções.

O reembolso do uso do combustível pelo governo também está previsto no edital de licitação. Além do Sul, alguns postos de abastecimento da região Sudeste também já registram o litro da gasolina a R$ 7,999 na última semana, ampliando a alta no maior mercado do Brasil, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados no último sábado (13).

O preço médio do litro da gasolina na semana de 7 a 13 de novembro ficou em R$ 6,753, 0,6% mais caro que na semana anterior.

Governo também prevê gastos com drones

No mês passado, uma reportagem do UOLmostrou que o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) anunciou no DOU (Diário Oficial da União) a abertura de edital de licitação para a compra de dois drones "com a finalidade de aumentar de forma substancial a eficiência e eficácia" da segurança do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O pregão eletrônico da abertura de ofertas começaria no dia 29 de outubro.

De acordo com o ministério, a compra também irá "promover a otimização de recursos e redução de gastos com diversas atividades que atualmente são necessárias para mitigar riscos". O edital prevê a compra de dois drones com o preço unitário de R$ 322.945, totalizando o gasto de R$ 645.890 por dois itens do equipamento.

"A proteção pessoal ao Presidente da República, em particular, avulta de importância, fruto de uma agenda de eventos e viagens dinâmica, de compromissos oficiais e privados, os quais envolvem cenários complexos e distintos, locais controlados ou não, e uma intensa interação com público variado", explica o edital para a compra dos drones.

*Com informações do Estadão Conteúdo

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.