Igreja Universal diz que liberdade religiosa está em risco em Angola
As sedes da Igreja Universal do Reino de Deus no Brasil e em Angola negaram as acusações de que membros da instituição religiosa retiravam ilegalmente do país africano cerca de US$ 120 milhões por ano.
A assessoria de imprensa da Universal em Angola desmentiu as acusações.
"É totalmente falsa esta questão. É totalmente sem fundamento. Isto é uma versão levantada por estes ex-pastores e pastores de dissidências com o objetivo de tomar a igreja. Eles criaram a sua versão a fim de tomar a igreja, uma vez que é um crime. Todas as ofertas da igreja são totalmente declaradas aqui para o Estado e a esta versão que os dissidentes levantaram é totalmente infundada".
Por sua vez, a Igreja Universal do Reino de Deus no Brasil afirmou que a instituição em Angola tem autonomia administrativa. Afirmou esperar "que o Judiciário de Angola julgue a questão conforme as provas, com a imparcialidade que se espera de juízes, preservando a liberdade de religião garantida por inúmeros tratados internacionais, como a declaração Universal dos Direitos Humanos." Leia o pronunciamento completo mais abaixo.
Por volta de 18h20 de ontem (17), a assessoria de imprensa da Igreja Universal de Angola informou que Fernando Henriques Teixeira, acusado de ser peça importante no suposto esquema de evasão de divisas da instituição, "nunca foi representante da IURD" e forneceu um número de telefone para a reportagem entrar em contato com ele.
O Uol fez dez tentativas de entrar em contato com Teixeira por meio do número fornecido entre 18h30 e 18h40, mas o telefone se encontrava impossibilitado de receber chamadas e não se encontrava cadastrado no WhatsApp para recebimento de mensagens.
A reportagem fará novas tentativas de entrar em contato com Teixeira e este texto será atualizado assim que obtivermos o seu posicionamento sobre os fatos relatados.
Leia abaixo o comunicado completo da Igreja Universal do Reino de Deus no Brasil:
"Esclarecemos que, respeitada a unidade de doutrina da Fé da Igreja Universal do Reino de Deus, que é única em todos os 135 países onde está presente, nos cinco continentes, a Universal de cada nação possui total autonomia administrativa, sempre observando as leis e as tradições locais.
Assim, como todas as perguntas são relativas a aquele país, elas devem ser enviadas à Universal de Angola. Esse contato é fundamental para que a Igreja possa informar o que existe de fato na Justiça local, e o que é ficção criada e espalhada por criminosos.
A Universal espera que o Judiciário de Angola julgue a questão conforme as provas, com a imparcialidade que se espera de juízes, preservando a liberdade de religião garantida por inúmeros tratados internacionais, como a declaração Universal dos Direitos Humanos
Diz o seu artigo 18 que todos devem ter "liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular".
É preciso que a comunidade internacional esteja atenta. O que aconteceu em Angola, com a Igreja Universal daquele país, é um grave precedente contra essa liberdade de culto e crença e representa uma séria ameaça à presença de qualquer denominação, religião e missionário de origem estrangeira, em solo angolano."
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