Moraes encerra investigação de delegado afastado do inquérito de Bolsonaro
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes encerrou hoje a investigação do MPF (Ministério Público Federal) sobre a conduta do delegado da Polícia Federal Felipe Leal. O delegado era investigado por sua atuação no inquérito que investiga a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal.
Leal usou a investigação sobre a suposta interferência como justificativa para pedir informações sobre atos do diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, que resultaram no afastamento de delegados que investigavam o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
No entanto, como Mairuino ainda não era chefe da polícia na época que teriam acontecido as supostas interferências, a conduta de Leal levantou suspeitas. Seus requerimentos foram suspensos pelo ministro Alexandre de Moraes e o delegado foi afastado.
Cerca de três meses depois, Moraes concluiu que não foi possível demonstrar ato ilícito ou dolo nas ações do delegado.
[Não há] quaisquer elementos que indiquem a presença de conduta dolosa do Delegado de Polícia Federal subscritor do despacho, que, em tese, poderia caracterizar eventual improbidade administrativa ou crime de abuso de autoridade.
Alexandre de Moraes, em decisão
Felipe Leal era investigado pelo Ministério Público Federal, que é o órgão responsável por fiscalizar a atividade da Polícia Federal.
Alexandre de Moraes, por sua vez, é o relator do inquérito que apura as supostas interferências de Bolsonaro na PF, que foi instaurado como consequência das denúncias feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
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