Olavo critica quem 'abandonou' Sara Winter após fala sobre Heleno
O escritor e astrólogo Olavo de Carvalho, que já foi considerado o guru da família Bolsonaro, desaprovou os "direitistas" que "abandonaram" a militante da extrema-direita Sara Winter após ela revelar que recebia "orientações" do ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, para fazer ataques direcionados ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Por meio de seu perfil no Twitter, Olavo de Carvalho, que recentemente saiu "à francesa" do Brasil e retornou aos Estados Unidos, comparou os militantes bolsonaristas que deixaram de lado a ex-líder do movimento "300 do Brasil" a "esquerdistas".
Sara faz acusações contra Heleno, que nega
Em entrevista à revista IstoÉ, a ativista Sara Winter, sem apresentar provas, disse que foi orientada pelo general Augusto Heleno para cessar os ataques ao então presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e à imprensa, e ter como alvo os ministros do STF.
"Ele [Augusto Heleno] pediu para deixar de bater na imprensa e no Maia e redirecionar todos os esforços conta o STF", declarou a militante, que disse ter sido convidada pelo próprio ministro para ir ao Planalto, onde foi orientada.
Nas redes sociais, Augusto Heleno refutou as acusações feitas por Winter, classificadas por ele como "calúnias e falsas".
Arrependimento em apoiar ao governo
À IstoÉ, Sara Winter disse estar arrependida de ter apoiado o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e afirmou que, na atualidade, "não tem mais como defender" a gestão do mandatário. No entanto, ela pondera que, caso o político peça aos seus apoiadores mais ferrenhos para "comerem merda", eles "vão comer".
Sara Winter se tornou conhecida à frente do movimento "300 do Brasil" e por defender de forma inconteste as decisões tomadas pelo governo Bolsonaro.
No primeiro semestre do ano passado, ela chegou a fazer um acampamento na região central de Brasília em defesa do presidente — o acampamento foi fechado pelo governo do Distrito Federal em junho.
Pouco tempo depois, Sara Winter foi presa pela PF (Polícia Federal) durante uma operação.
As prisões foram decretadas pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), no inquérito que apura manifestações de rua antidemocráticas. No mesmo mês, Moraes determinou a soltura da ativista, com a exigência do uso de tornozeleira eletrônica.
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