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'Manobras jurídicas enterraram de vez o caso do tríplex de Lula', diz Moro

Colaboração para o UOL

07/12/2021 12h41Atualizada em 07/12/2021 19h04

O ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro (Podemos), atribuiu a "manobras jurídicas" a decisão de prescrição do processo que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do tríplex do Guarujá (SP). O agora pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos escreveu no Twitter que crimes de corrupção deveriam ser imprescritíveis.

Em junho, o STF (Supremo Tribunal Federal) declarou que Moro foi parcial ao julgar Lula no processo do tríplex, no qual o petista foi condenado em julho de 2017 — ele ficou preso por 580 dias.

O MPF (Ministério Público Federal) reconheceu a prescrição do processo contra Lula no caso do tríplex. A decisão foi assinada ontem pela procuradora da República Márcia Brandão Zollinger. Na ação, o político é acusado de lavagem de dinheiro e corrupção.

A prescrição foi consentida pelo MPF com a argumentação de que o STF (Supremo Tribunal Federal) já havia anulado as condenações de Lula determinadas pela Operação Lava Jato — decisão do plenário da Corte proferida em abril de 2021.

Advogados criticam Moro e Deltan

Os advogados do ex-presidente, Cristiano Zanin e Valeska Teixeira Martins, criticaram a condução do processo por parte de Moro e Deltan Dallagnol. Ambos anunciaram recentemente filiação ao Podemos, e devem participar das eleições em 2022.

"O pedido de arquivamento apresentado pelo MPF deve pôr fim ao caso que foi construído artificialmente a partir do conluio do ex-juiz Sergio Moro e do ex-procurador Deltan Dallagnol para prender o ex-presidente Lula, retirá-lo das eleições de 2018 e para atacar indevidamente sua reputação, tal como sempre sustentamos", falaram, em nota ao UOL.

Tríplex

No caso do tríplex, o político foi acusado de "lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, envolvendo o pagamento de reforma, ocultação e dissimulação da titularidade do apartamento 164-A, tríplex, e do beneficiário das reformas realizadas".

Além de Lula, os outros réus do processo eram Marisa Letícia Lula da Silva, esposa do petista morta em 2017; o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto; os ex-presidentes da OAS José Adelmario Pinheiro Filho, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Fabio Horia Yonamine e Roberto Moreira Ferreira.