No STF, Doria faz pressão por passaporte vacinal e CoronaVac para crianças
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se encontrou com ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) na tarde desta quarta-feira (15) para fazer pressão para exigência do passaporte vacinal nos portos e aeroportos do país e para a liberação da CoronaVac, a vacina produzida pelo instituto Butantan, para crianças de 3 a 11 anos.
No último sábado (11), o ministro Luís Roberto Barroso determinou a obrigatoriedade do passaporte da vacina contra covid-19 para viajantes vindos do exterior. Na terça (14), a Anvisa informou que faz uma fiscalização por amostragem dos passageiros nos aeroportos. Neste quarta (15), o STF formou maioria, em julgamento virtual, para obrigar o governo a exigir comprovante de vacinação dos viajantes estrangeiros que entram no Brasil.
"Não faz sentido que a utilização de amostragem seja feita prejudicando o controle do ingresso de pessoas não vacinadas ao Brasil", afirmou o governador em entrevista coletiva, em sua primeira visita a Brasília após se tornar o pré-candidato tucano à presidência. "Não faz sentido o Brasil se tornar um refúgio de pessoas não vacinadas. Um roteiro turístico."
Doria contou se encontrou os ministros Luiz Fux, presidente Corte, e Barroso. "Felizmente os ministros Fux e Barroso entenderam", afirmou. "Nós temos que proteger a população brasileira depois de um enorme esforço feito pelos governadores, prefeitos e sistema judiciário".
CoronaVac para crianças
Ao lado do diretor no Butantan, Dimas Covas, o governador afirmou ainda que protocolou na Anvisa "mais um pedido para que haja liberação da CoronaVac para crianças de 3 a 11 anos". Segundo Doria, o Butantan tem defendido desde junho do ano passado.
Para amanhã (16), está prevista uma reunião técnica na Anvisa para avaliar a permissão ou não da vacinação de crianças de 5 a 11 anos, mas com o imunizante da Pfizer. Como a empresa já tem o registro garantido pela agência, a decisão técnica não passará pelo crivo da diretoria do órgão.
Aos ministros do STF, Doria disse que fez um alerta sobre a vacinação infantil com CoronaVac. "Nenhum documento formal foi entregue, mas comunicamos a nossa preocupação."
Saída de Alckmin
O presidenciável comentou ainda a decisão ex-governador Geraldo Alckmin de sair do PSDB. "Respeito a sua decisão e desejo felicidade no seu novo destino e novas trajetórias." Alckmin está cotado para ser vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Eu serei adversário de Lula, circunstancialmente de Alckmin (...) Alguém que durante 33 anos combateu o PT, e repentinamente se associa ao PT, é estranho."
O também tucano Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, e derrotado pelo paulista nas prévias do partido, acompanhou a agenda de Doria.
Leite teve um encontro com a ministra Cármen Lúcia para tratar da ação que tenta reduzir o ICMS sobre energia e telecomunicações. "Viemos tratar sobre a ação que busca tirar a seletividade do imposto sobre consumo sobre o setor energético e de telecomunicações", afirmou.
Formação de equipe econômica
Doria anunciará nesta quinta-feira (15), às 12h, os integrantes de sua equipe econômica caso vença as eleições de 2022. O anúncio contará com nomes de economistas conhecidos do ninho tucano, mas também que auxiliaram a atual gestão do Ministério da Economia, comandada por Paulo Guedes.
O comitê econômico terá seis membros, sendo três mulheres. Dentre os integrantes está o de Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central e atual secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo; o de Ana Carla Abrão, ex-secretária da Fazenda do Goiás; e a da ex-economista da XP Investimentos Zeina Latif.
Também deverá integrar a futura equipe econômica de Doria a economista Vanessa Canado, ex-assessora especial de Guedes. A economista também atuou CCiF (Centro de Cidadania Fiscal).
Nos bastidores, tucanos ainda tentam convencer Pérsio Arida, também ex-presidente BC, para que componha o grupo de trabalho econômico.
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