Weintraub defende Olavo de bolsonaristas: 'Comunista? Estão loucos?'
O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub saiu hoje em defesa do escritor e ideólogo Olavo de Carvalho, que havia dito que o presidente Jair Bolsonaro (PL) o usou como "poster boy" para "se eleger e se promover". (Assista ao vídeo acima)
Após essa declaração, feita durante transmissão de live no YouTube, ao lado de outros nomes conservadores como os ex-ministros Ricardo Salles e o próprio Abraham Weintraub, Olavo de Carvalho passou a receber uma avalanche de críticas de apoiadores de Bolsonaro, sendo chamado até mesmo de "traidor" e "comunista" por alguns deles.
Prof. Olavo traidor? Comunista? Precisa ser destruído? Vocês estão loucos? Abraham Weintraub
Aos 74 anos, Olavo de Carvalho vive já há algum tempo nos Estados Unidos, de onde ministra cursos que são transmitidos por vídeos na internet.
O escritor foi o responsável por indicações no governo Bolsonaro, como a de Ernesto Araújo como chanceler —ele deixou o governo em março deste ano— e a do ex-ministro da Educação Ricardo Vélez Rodrigues, demitido pelo presidente em abril de 2019 — na ocasião, Olavo afirmou que não lamentaria se Vélez deixasse o governo, pois ele teve um "comportamento traiçoeiro".
Durante a live, no entanto, ele rechaçou a fama de "guru" e "influenciador" do governo de Bolsonaro.
O Brasil vai se dar muito mal, gente. Não venham com esperanças tolas, porque é o seguinte: a briga já está perdida. Existem chances de fazer voltar... Existe uma chance remota, mas só se o Bolsonaro acordar, mas eu não sei como fazê-lo acordar. Dizem que eu sou o 'guru do Bolsonaro'. Isso é absolutamente falso. Conversei com ele somente quatro vezes na minha vida. E duvido que ele tenha lido um só livro inteiro. Se ele tivesse lido com atenção, teve muita coisa que ele fez e não faria. Olavo de Carvalho
"Então, a minha influência sobre o Bolsonaro é zero. Ele me usou como 'poster boy'. Me usou para se promover, para se eleger. E, depois disso, não só esqueceu tudo o que dizia, como até os meus amigos que estavam no governo ele tirou", acrescentou.
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