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Bolsonaro diz que Brasil tem pessoal suficiente para atender tragédia na BA

Do UOL, em São Paulo

30/12/2021 19h24Atualizada em 30/12/2021 21h29

O presidente Jair Bolsonaro (PL) agradeceu a ajuda oferecida pelo governo da Argentina para apoiar na recuperação da tragédia causada pela chuva na Bahia, mas afirmou que o país já tem pessoas suficientes para isso. O mandatário, porém, não citou o número de enviados pelo governo ao estado nordestino.

"Nós temos gente suficiente, temos gente das Forças Armadas, do corpo de bombeiros militares, entre outras instituições. A gente agradece o apoio da Argentina, mas dez argentinos sem uma especialidade, não requerida, para nós, fica oneroso", disse ele durante transmissão ao vivo nas redes sociais.

Ontem, o governo federal recusou a ajuda humanitária do país vizinho, que ofereceu o envio de dez pessoas da organização Capacetes Brancos, profissionais especializados nas áreas de saneamento, logística e apoio psicossocial para vítimas de desastres.

Mais cedo, o presidente já havia dito que a ajuda argentina não era necessária.

"Agradeço o Alberto Fernández [presidente argentino] pelo oferecimento, mas dez pessoas não iam nos ajudar em muito, talvez até atrapalhasse um pouco. Se tiver outra coisa para a Argentina oferecer, agradeço de coração o Alberto Fernández", continuou Bolsonaro.

Ele sugeriu que, caso queiram ajudar o Brasil, os países da América do Sul podem receber os venezuelanos que chegam em Roraima. As chuvas que atingem a Bahia desde o início deste mês deixaram ao menos 25 mortos e 90 mil desabrigados.

O presidente está de férias em Santa Catarina. Mais cedo, ele visitou o parque de diversões Beto Carrero World e uma loja da Havan.

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou que o estado aceitará o auxílio oferecido pelos argentinos sem passar pela diplomacia brasileira.

Durante a transmissão ao vivo, o presidente disse que o chanceler Carlos França conversou com o homólogo argentino, Santiago Cafiero, e que qualquer ajuda do país será por meio do governo federal. "Não existe isso [de prestar ajuda direta ao estado], não faz parte da boa política entre países", disse Bolsonaro.