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Moro: Minha candidatura causa medo pois rompe polarização Lula e Bolsonaro

Sergio Moro reafirmou sua candidatura ao Planalto e negou que queira vaga no Senado - Rodolfo Buhrer/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Sergio Moro reafirmou sua candidatura ao Planalto e negou que queira vaga no Senado Imagem: Rodolfo Buhrer/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Colaboração para o UOL, em Alagoas

17/01/2022 15h23

O pré-candidato à presidência da República Sergio Moro (Podemos) rebateu o que ele chamou de "mentiras" em relação à sua candidatura ao Palácio de Planalto e negou que vá disputar uma vaga ao Senado nas eleições deste ano. O ex-juiz ainda reafirmou ser a "melhor opção" para vencer o atual mandatário Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), classificados por ele como "extremos".

Em entrevista ao programa "Isso é Bahia", da rádio A Tarde FM, Moro voltou a falar sobre o combate à corrupção como uma de suas prioridades para a retomada do crescimento econômico, cutucou Bolsonaro e Lula em relação às ações tomadas pelos políticos para combater o desvio de dinheiro público, e sugeriu que a polícia, o MP (Ministério Público) e o Judiciário têm uma "venda" que impede essas organizações de enxergarem e combaterem a roubalheira existente nos governos.

"A gente precisa retomar o combate à corrupção que foi abandonada no atual governo. E durante o governo anterior, do PT, a gente sabe o que aconteceu. Então não tem como a gente crescer dentro daquele modelo. Dito isso, a gente precisa fortalecer as nossas instituições para combater a corrupção [...] Para a gente ver os resultados acontecerem", disse ele.

"É inaceitável essa situação hoje em que ninguém é condenado por corrupção no país. Não tem corrupção na prefeitura, no governo, nos vários governos estaduais, no governo federal, não tem corrupção em lugar nenhum, ou seja, hoje parece que nós temos uma venda na polícia, no Ministério Público e no Judiciário que nada acontece. As instituições precisam voltar a funcionar."

Moro defende a criação de uma "corte nacional anticorrupção", uma espécie de "tribunal especializado em julgar grandes" casos de roubo de dinheiro público.

Na entrevista, Sergio Moro também afirmou que são mentirosos os rumores de que ele deixará a disputa pelo Planalto para concorrer a uma vaga como senador. Salientou que disputará a Presidência, e que as "mentiras" em relação a esse assunto são por temerem sua candidatura, justamente por ser ele a pessoa capaz de romper a polarização entre os candidatos do PL e do PT.

"Tem muita gente com medo da pré-candidatura porque, na verdade, as pessoas querem vender o jogo entre os extremos, o candidato do PT e do PL, e que o jogo já está marcado. Isso é mentira, a gente tem muito tempo até as eleições. Não serei candidato ao Senado, tem muita gente mentindo na cara dura porque tem medo de uma candidatura minha à Presidência porque ela tem a capacidade de romper essa polarização", destacou.

Questionado sobre uma possível aliança com o governador de São Paulo e pré-candidato à presidência pelo PSDB, João Doria, Moro disse ser "prematuro" falar em "aliança" com o tucano, mas ressaltou que mantém diálogo com partidos mais ligados ao Centro, como o Cidadania, por exemplo: "Não existe governo de um partido só. A gente quer fazer é uma grande aliança nacional entre partidos, mas também com a sociedade civil, em cima de um projeto que faça sentido."