Queiroz: Se tiver apoio dos Bolsonaro, serei o deputado mais votado do Rio
Ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o policial militar reformado Fabrício Queiroz ainda busca um partido para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições de 2022. Ele diz que sua candidatura é "independente", mas acredita que um eventual apoio da família Bolsonaro, de quem é próximo, o tornaria "o deputado mais votado do Rio".
"Quem me apoia são os conservadores, várias páginas de direita que, no privado, conversam comigo, falam que eu devo vir [candidato]. Então estou acreditando nisso aí e venho independente", disse Queiroz em entrevista a O Estado de S. Paulo.
[Mas] Se eu tiver o apoio deles [família Bolsonaro], com certeza serei o deputado mais votado do Rio.
Fabrício Queiroz, ao Estadão
O PM reformado também reforçou que ainda não decidiu o partido a que se filiará, mas confirmou ter tido conversas informais com o PTB, do ex-deputado federal Roberto Jefferson, mais um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
"A minha tendência é ir para o PTB, mas não conversei ainda com o presidente [do partido] aqui no Rio, o [Marcus Vinícius] Neskau. Mas estou vendo um partido que seja conservador e minha pretensão é, sim, vir [como candidato] a deputado federal", acrescentou.
Em junho do ano passado, a colunista do UOL Juliana Dal Piva já havia noticiado a intenção do ex-assessor de Flávio de ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados. À época, ele negou a pré-candidatura, mas disse ter sido uma "boa ideia".
"Obrigada por me informar sobre possível candidatura a deputado federal, pois nem eu mesmo sabia dessa pretensão. Mas, sabe, você me deu uma boa ideia", afirmou Queiroz.
"Rachadinha"
Fabrício Queiroz é apontado como operador da "rachadinha", um suposto esquema de repasses ilegais dos salários de funcionários no gabinete de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), na época em que o senador ainda era deputado estadual.
O caso levou o PM reformado a ser denunciado pelo MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) por peculato (desvio de dinheiro público), lavagem de dinheiro e organização criminosa, em novembro de 2020.
Flávio também foi denunciado, mas ambos negam irregularidades. A denúncia está parada desde então, em meio a impasses na Justiça envolvendo quebras de sigilo e o foro do senador.
Queiroz foi preso em 18 de junho de 2020 em Atibaia, no interior de São Paulo, numa ação conjunta do MPRJ e do MPSP (Ministério Público de São Paulo). Depois, foi transferido para o Rio, onde passou cerca de 20 dias até ter a prisão convertida para domiciliar. Ele e a esposa, Márcia Aguiar, foram soltos em março deste ano, após decisão favorável do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
(Com Estadão Conteúdo)
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