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Ação de suposto desvio de conduta de General Heleno é arquivada

19.mai.2021 - Audiência pública na Câmara com o ministro-chefe do GSI, general Augusto Heleno - Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
19.mai.2021 - Audiência pública na Câmara com o ministro-chefe do GSI, general Augusto Heleno Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

02/02/2022 19h29Atualizada em 02/02/2022 20h38

A CEP (Comissão de Ética Pública) da Presidência da República optou por arquivar uma denúncia contra o general Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Ele era suspeito de desvio de conduta ao ter enviado funcionários da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para a COP 25 (Conferência do Clima das Nações Unidas).

O evento ocorreu em dezembro de 2019, em Madri, na Espanha. O arquivamento foi decidido pela 235ª reunião ordinária da comissão, cuja ata foi disponibilizada em 28 de janeiro e atualizada hoje. O ministro disse que não irá se manifestar.

A conduta de general Heleno na COP25 veio à tona com uma reportagem do Estado de S. Paulo, em outubro de 2020. O texto apontou que a presença da Abin no evento climático é incomum e que essa seria mais uma evidência do conflito gerado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) com ONGs (Organização Não Governamental) e ativistas ambientais.

Um agente da Abin, sob anonimato, disse que as campanhas das ONGs geravam preocupação no governo de Bolsonaro. Além disso, ele afirmou que os membros de inteligência foram enviados para monitorar críticas ao presidente e "defender os interesses do país".

Relação com Bolsonaro

O ministro do GSI compartilha ideais com o presidente Bolsonaro, mas afirmou diversas vezes que tenta adotar uma postura mais contida.

Na cruzada do presidente contra o STF (Supremo Tribunal Federal), general Heleno chegou a dizer que precisava tomar remédios para não incentivar atitudes mais radicais de Bolsonaro.

Com as eleições de 2022 se aproximando, o ministro falou temer que alguém atente contra a vida do presidente novamente, relembrando o caso da facada no então candidato Bolsonaro em 2018.