Presidente da Argentina esteve na Rússia e houve 'zero trauma', diz Mourão
O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, disse hoje que "não vê problema" na viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Rússia em meio aos temores de uma guerra contra a Ucrânia. O militar citou a visita que o presidente da Argentina, Alberto Fernández, fez a Moscou na semana passada e afirmou que, no caso dele, houve "zero trauma", diferente do que estaria ocorrendo com Bolsonaro.
"Semana passada o presidente da Argentina esteve lá e [houve] zero trauma, né? Então, não vejo problema [na visita de Bolsonaro à Rússia]. Essa tensão que está ocorrendo é fruto das pressões de ambos os lados entre a Rússia e a Ucrânia, que está empreensada (sic), e, óbvio, a OTAN, que está com os Estados Unidos à frente. Na minha opinião, vai ficar esse jogo de pressão. Então... a viagem do presidente é um dia só lá, sem maiores problemas", disse Mourão.
Bolsonaro embarca hoje para a Rússia para ter agendas com o presidente russo, Vladimir Putin, empresários e líderes locais nos próximos dias. Bolsonaro chegou a ser aconselhado a cancelar ou adiar a ida à Rússia, mas decidiu ignorar os alertas e manteve a programação inicial - ele ficará em Moscou até quinta-feira (17), dia em que também visitará a Hungria para encontro com o primeiro-ministro Viktor Orbán.
No sábado (12), o presidente disse que considera a viagem importante porque o país depende da Rússia para importação de fertilizantes. E também fez um pedido de paz: "A gente pede a Deus para que reine a paz no mundo para o bem de todos nós".
Biden: Ataque à Ucrânia terá 'custos rápidos e severos'
Em uma conversa por telefone no último sábado (12), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse a Putin que, caso a Rússia invada a Ucrânia, haverá "custos rápidos e severos" para Moscou. A conversa foi uma tentativa de acalmar os ânimos entre os dois países, mas a ligação terminou sem um desfecho que pudesse aliviar a tensão no leste europeu.
Após falar com Putin, Biden também ligou para o presidente da Ucrânia, Volodimir Zlelensky. Segundo informou a Casa Branca, os dois chefes de Estado acordaram em insistir com a "diplomacia e a dissuasão" para reduzir a tensão militar na região.
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