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Deputados do RJ pedem instalação de comissão para desastre em Petrópolis

Marcelo Freixo (PSB-RJ) também telefonou para os ministros Rogério Marinho, João Roma e Tarcísio de Freitas - Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Marcelo Freixo (PSB-RJ) também telefonou para os ministros Rogério Marinho, João Roma e Tarcísio de Freitas Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Colaboração para o UOL

16/02/2022 19h00

Os deputados federais Marcelo Freixo (PSB), Jandira Feghalli (PCdoB), Glauber Braga (PSOL) e Talíria Petrone (PSOL), todos do Rio de Janeiro, protocolaram hoje, na Câmara, pedido para instalação de uma comissão externa com o objetivo de acompanhar o desastre que acomete Petrópolis após fortes chuvas.

Ao menos 78 pessoas morreram após o forte temporal que atingiu ontem a cidade, na região serrana do Rio, segundo informou no final da tarde o governador fluminense, Cláudio Castro (PL). Entre as vítimas, há ao menos duas crianças, segundo a Defesa Civil de Petrópolis. As identidades dos mortos não foram divulgadas.

Freixo explica que a ideia da comissão é acompanhar a prestação de auxílio às vítimas e garantir recursos para reerguer a cidade. "As famílias de Petrópolis estão vivendo uma tragédia sem precedentes. Por isso, é hora de todos nós dialogarmos e trabalharmos juntos para buscarmos soluções concretas para ajudar a cidade. Não temos tempo a perder."

O pessebista também diz, pelas redes sociais, que falou ao telefone com os ministros Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), João Roma (Cidadania) e Tarcísio Freitas (Infraestrutura) sobre a situação do município.

Talíria Petrone cobrou também promoção de medidas preventivas contra tragédias como essa.

"Todos os anos tragédias como essa, mas não nessa extensão, chegam na região serrana. É preciso também medidas estruturais que enfrentem o aquecimento global e medidas de planejamento urbano a fim de minimizar esse horror que acontece todos os anos", disse a congressista do PSOL.

Glauber Braga lembrou da última grande tragédia na região serrana do Rio.

"Há 11 anos tivemos o maior desastre climático do Brasil na região serrana. Agora, as pessoas em Petrópolis sofrendo mais uma vez de forma profunda. Várias pessoas perderam as vidas. Que a comissão externa dê o apoio imediato que é fundamental. E que a região não seja abandonada depois de alguns dias. Há anos o descaso faz com que a lei da prevenção (12.608) não seja regulamentada. Que essa comissão trabalhe e não faça só figuração".

Previsão de mais vítimas em Petrópolis

A previsão é de que mais vítimas sejam localizadas ao longo do dia —ao menos 21 pessoas foram resgatadas com vida. Mais de 370 pessoas ficaram desalojadas ou desabrigadas —parte delas foi acolhida em estruturas montadas em escolas.

Em 24 horas, foram registradas 292 ocorrências, das quais 241 por deslizamentos. A região do Morro da Oficina concentra o maior número de vítimas.

"Há uma grande equipe concentrada no Morro da Oficina, onde acreditamos ter o maior número de vítimas ainda soterradas. Estamos com 400 militares mobilizados e atuando em 44 pontos atingidos pelo temporal", afirmou hoje o governador do Rio, Cláudio Castro (PL).