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Ciro Nogueira diz que Lula de 2022 é muito pior do que o de 2002

Ciro Nogueira disse que ele e sua legenda jamais integrariam um eventual novo governo petista - Isac Nóbrega/PR
Ciro Nogueira disse que ele e sua legenda jamais integrariam um eventual novo governo petista Imagem: Isac Nóbrega/PR

Do UOL, em São Paulo

04/03/2022 16h09

Para o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), "o Lula de 2022 é muito pior do que o Lula de 2002". Em entrevista à revista Veja publicada hoje, o senador do Centrão teceu duras críticas ao ex-presidente petista, a quem costumava apoiar e a quem já chamou até mesmo de "melhor presidente que o Brasil já teve".

"É um Lula que vem magoado porque foi preso, cercado de pessoas que sofreram nos aeroportos, nos restaurantes. É um Lula mais próximo da Venezuela, de Cuba, do que de um país que possa se integrar ao mundo desenvolvido", argumenta Nogueira, que garantiu que jamais integraria um novo governo do petista.

Na entrevista, o senador falou também por seu partido, o Progressistas, do qual é presidente. Segundo ele, a legenda está fechada com o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e "jamais apoiaria um governo que nos remetesse ao passado, como é o governo do PT". O partido, porém, participa do governo de Rui Costa, do PT, na Bahia - o que Nogueira chama de "exceção".

Na mesma medida em que criticou Lula, o ministro defendeu o atual presidente, a quem chamou de "democrata". Questionado sobre se Bolsonaro respeitaria o resultado das urnas caso perca a eleição, respondeu: "Não tenho dúvida. Se tem uma pessoa que respeita a democracia no país é o presidente, ao contrário do PT."

Ele, porém, se mostrou confiante na reeleição de Bolsonaro. Nogueira acredita que dentro de dois meses ele e Lula já aparecerão empatados nas pesquisas e considerou ainda a possibilidade de vitória no primeiro turno.

Segundo a última pesquisa PoderData, divulgada na quarta-feira (2), Lula aparece com 40% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro tem 32%. O desempenho do atual presidente nos levantamentos vem apresentando uma tendência de alta dentro da margem de erro.

Quanto ao papel do Centrão no governo federal, o ministro fez questão de lembrar à Veja que "nada neste país foi aprovado nos últimos trinta anos sem que tivesse o apoio do Centrão". E completou: "Os partidos de centro nunca estiveram tão fortes".