Joel: Governo censura filme de Gentili para ofuscar alta dos combustíveis
Na avaliação de Joel Pinheiro, colunista do UOL, o Ministério da Justiça e Segurança Pública censurou o filme "Como se tornar o pior aluno da escola", do humorista Danilo Gentili, e fez isso para ofuscar a crise causada pelo aumento nos preços dos combustíveis, anunciado pela Petrobras.
"É censura. O governo quer desviar a atenção de temas mais sérios que estão danificando a vida das pessoas - gasolina, inflação. Um filme que já tem cinco anos, não é lançamento, foi muito assistido por bolsonaristas, agora é trazido como contendo suposta apologia à pedofilia. Uma mentira descarada", afirmou, durante UOL News hoje.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou a suspensão da disponibilização, exibição e oferta do filme "Como se tornar o pior aluno da escola", produção de 2017 de Danilo Gentili que voltou a ser associada à pedofilia por perfis bolsonaristas. Além dele, o ator Fabio Porchat também se tornou alvo das acusações.
O documento da pasta determina que a Netflix, Telecine, Globoplay, YouTube, Apple e Amazon suspendam a exibição e oferta do filme, "tendo em vista a necessária proteção à criança e ao adolescente consumerista". Caso as plataformas não cumpram a determinação em cinco dias, será aplicada multa diária no valor de R$ 50 mil.
"No filme, o personagem que é pedófilo é um vilão. Ele não é o exemplo, não é o que está sendo proposto. Quer combater a pedofilia? Combate. Cadê as operações desse governo de captura de quadrilhas de pedófilos?", indagou Joel.
Entenda a polêmica envolvendo o filme de Gentili
Os nomes dos humoristas Danilo Gentili e Fabio Porchat ficaram entre os assuntos mais comentados do Twitter no último domingo (13) devido às acusações de incentivo à pedofilia pelo filme "Como se Tornar o Pior Aluno da Escola". Por esse motivo, a plataforma de streaming Netflix também foi alvo de críticas.
Em "Como se Tornar o Pior Aluno da Escola", Fabio Porchat interpreta Cristiano, um homem com desvios sexuais e dono do caderno que o ex-colega (papel de Danilo Gentili) roubou na escola para escrever o guia de "pior aluno", encontrado pelos protagonistas Pedro (Daniel Pimentel) e Bernardo (Bruno Munhoz).
Agora, o longa voltou a ser assunto nas redes sociais, dentro de um contexto político, com perfis bolsonaristas e de políticos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) criticando a produção.
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