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'Vergonhoso', diz bancada evangélica sobre ministro com fotos em Bíblias

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) afirmou que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, não deve pedir ajuda dele para matérias de interesse da pasta na Câmara - Cleia Viana/Câmara dos Deputados
O deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) afirmou que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, não deve pedir ajuda dele para matérias de interesse da pasta na Câmara Imagem: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

28/03/2022 15h01Atualizada em 28/03/2022 15h01

Presidente da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) reprovou a produção e distribuição das Bíblias com a imagem do ministro da Educação, Milton Ribeiro, classificando o ato como "vergonhoso".

"É vergonhoso ver um pastor misturar o sagrado com o profano. Nós, evangélicos, não aceitamos mistura da igreja com o Estado. Essa atitude é totalmente reprovada, a Igreja é muito maior do que a política", declarou hoje ao jornal O Estado de São Paulo.

Os materiais religiosos com fotografias de Milton Ribeiro e dos dois 'pastores lobistas' estavam sendo doados durante um evento oficial do Ministério da Educação, no Pará. Além do chefe da pasta, estavam nas Bíbilias os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, envolvidos em suspeitas de direcionamento de verbas do ministério, mesmo sem ocuparem cargos oficiais.

O caso é investigado pelo MPF (Ministério Público Federal). A PF (Polícia Federal) também abriu inquérito.

Feliciano contra Milton Ribeiro

Cavalcante não é o único membro da bancada evangélica que se colocou contra as decisões de Milton Ribeiro. O deputado Marco Feliciano (PL-SP), aliado próximo de Bolsonaro, destacou que apoia a saída do ministro do governo.

"Ele é o alvo, se cai esse ministro, põe outro, acabou o problema. Enquanto ele permanecer, vão cutucar e vai sair mais coisa. Tem que ser feita alguma coisa rápido [...] Como o ministro é evangélico e tudo isso está acontecendo com evangélicos, quem está sofrendo somos nós. Na véspera da eleição o que fica na mente do povo é isso", falou Feliciano ao Estadão.