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Braga Netto nega existir orçamento secreto e diz que Defesa 'só executa'

O general Braga Netto Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

06/04/2022 15h13

O ex-ministro da Defesa e da Casa Civil Walter Braga Netto negou a existência de um orçamento secreto e disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) "tem tudo para ganhar" as eleições deste ano para a Presidência. O militar da reserva é cotado para integrar a chapa de Bolsonaro como vice.

"Não tem orçamento secreto nenhum. A única coisa que a Defesa faz, e que antigamente o pessoal não fazia, são os projetos", falou em entrevista ao jornal O Globo.

Orçamento secreto, conhecido também como orçamento de relator, foi o nome dado ao esquema do governo federal para disponibilizar verbas a deputados federais e senadores sem transparência. O mecanismo permite que os valores sejam repassados em nome do relator-geral do orçamento, de modo que o parlamentar que recebeu o dinheiro não seja identificado nas prestações de contas do governo.

Reportagens de O Globo apontaram que o Ministério da Defesa gastou R$ 588 milhões do orçamento secreto para bancar a construção de uma capela funerária e campos de futebol. "A Defesa só organiza aquilo ali, recebe os pedidos. São os parlamentares. A Defesa só executa", reforçou e acrescentou que a responsabilidade, nesses casos, seria do Congresso.

Apoio a Bolsonaro

Apesar de Bolsonaro ficar atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em grande parte das pesquisas simulando votos para as eleições deste ano, Braga Netto falou em apoio à reeleição do chefe do Executivo.

"Eu acho que o presidente vai ganhar. Tem tudo para ganhar. Está fazendo tudo de bom. O governo tem um grupo técnico. Olha quantos ministros entraram agora e quantos são indicações políticas. São todos técnicos", afirmou.

Pesquisa Ipespe contratada pela XP Investimentos e divulgada hoje aponta o ex-presidente Lula à frente da corrida presidencial com 44% das intenções de voto na pesquisa estimulada —quando é apresentada a lista de nomes dos pré-candidatos. O presidente Bolsonaro, aparece em segundo lugar, com 30%.

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) vem na sequência, com 9% das intenções de voto. Ele empata tecnicamente, dentro da margem de erro que é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), que somou 3%.

Esta é a primeira pesquisa Ipespe feita este ano em que não consta o ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) como pré-candidato.

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