Deputado: Explicação das Forças Armadas sobre compra de Viagra não convence
O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) repercutiu nesta segunda-feira (11), durante participação ao UOL News, a notícia de que as Forças Armadas aprovaram pregões para comprar 35.320 comprimidos de Viagra, medicamento usado tipicamente para tratar disfunção erétil. Os dados são do portal da Transparência e do painel de preços do governo, compilados pelo parlamentar.
Segundo a Marinha, os processos de aquisição são para o tratamento de pacientes com hipertensão arterial pulmonar, "doença grave e progressiva que pode levar à morte". Mas, de acordo com Veronica Amado, pneumologista da Comissão de Circulação Pulmonar da SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia), a dosagem de 25 mg como a do Viagra, não é a prevista na literatura para tratar a condição.
Ao UOL News, Vaz também afirmou que a explicação não convence. "A verdade é que o que aparenta é que as Forças Armadas têm tido um comportamento de achar que pode tudo. É muito preocupante tudo isso porque vai evidenciando claramente que existe uma falta de limite, que o pessoal das Forças Armadas não entendem que têm que estar no mesmo regramento da estrutura pública como um todo", argumentou.
O deputado disse ainda que "não se tem dúvida" de que há corrupção no governo do presidente Jair Bolsonaro e nas Forças Armadas.
"Sobre essa questão especifica do Viagra, no mesmo mês, no mesmo estado —Rio de Janeiro—, tivemos a aquisição de Viagra a R$ 3,75 o comprimido. E tivemos aquisição pela Marinha por R$ 1,50 o preço unitário do mesmo comprimido. Então está muito claro que não faz sentido nenhum ter essa diferença de preço."
Tanto Vaz quanto o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) anunciaram que vão acionar o MPF (Ministério Público Federal) para investigar a compra de mais de 35 mil comprimidos de Viagra pelas Forças Armadas.
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