Deputados querem que MPF investigue compra de Viagra pelas Forças Armadas
Os deputados federais Elias Vaz (PSB-GO) e Marcelo Freixo (PSB-RJ) vão pedir juntos nos próximos dias que o MPF (Ministério Público Federal) investigue as Forças Armadas pela compra de 35 mil unidades de Viagra, medicamento usado tipicamente para tratar disfunção erétil. Os dados da aquisição foram compilados por Vaz e revelam que a compra também aponta indícios de superfaturamento.
Ao UOL, Vaz disse que a compra pelas Forças Armadas não se justifica e que ocorre em um momento de "reajuste terrível no valor de medicamentos" usuais à população.
"Além de gastar dinheiro público com Viagra, tudo indica que o governo Bolsonaro ainda comprou acima do preço de mercado. O Congresso Nacional e a toda a sociedade merecem uma explicação. O brasileiro está amargando um reajuste terrível no valor de medicamentos e faltam remédios para doenças crônicas nas unidades de saúde. Enquanto isso, o governo tá gastando para atender as Forças Armadas com Viagra", afirmou Vaz.
Nas redes sociais, Marcelo Freixo endossou a posição do colega parlamentar. "Dinheiro público, que sai do bolso de todos nós brasileiros, tem que ser usado para servir ao interesse público", comentou.
Forças Armadas compram 35 mil comprimidos de Viagra
As Forças Armadas aprovaram pregões para comprar 35.320 comprimidos de Viagra, medicamento usado tipicamente para tratar disfunção erétil. Os dados são do portal da Transparência e do painel de preços do governo, compilados pelo deputado Elias Vaz.
Oito processos de compra foram aprovados desde 2020, e ainda estão em vigor neste ano. Nos processos, o medicamento aparece com o nome genérico Sildenafila, nas dosagens de 25 mg e 50 mg. A maior parte dos medicamentos é destinado à Marinha, com 28.320 comprimidos; mas o Exército (5 mil comprimidos) e a Aeronáutica (2 mil comprimidos) também são atendidos.
A Marinha respondeu que os processos de aquisição são para o tratamento de pacientes com hipertensão arterial pulmonar, "doença grave e progressiva que pode levar à morte".
O UOL também entrou em contato com o Ministério da Defesa, o Exército e a Aeronáutica, questionando a finalidade dos medicamentos. Caso haja resposta, este texto será atualizado.
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