Santos Cruz: Tortura na ditadura é imoral; não pode ser praticada e apoiada
Ex-integrante do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), o militar da reserva do Exército Carlos Alberto dos Santos Cruz (Podemos) disse hoje repudiar a apologia à tortura praticada contra civis durante a ditadura militar e acrescentou que eventuais investigações sobre os fatos devem ser realizadas por especialistas no campo legal.
"A tortura é imoral e errada, seja quando for. Não pode ser aceita. Você não pode nem aceitar nem fazer apologia à prática. Aquilo foi um período de muita violência em que as pessoas eram muito contaminadas. Era um ambiente político problemático em que a ideologia e o fanatismo colaboravam. Houve violência no processo e negar é besteira", disse Santos Cruz, em entrevista ao UOL News.
A manifestação ocorreu depois de áudios terem revelado que os ministros do STM (Superior Tribunal Militar) tinham conhecimento sobre torturas cometidas no período da ditadura militar. Entre as violências que chegaram às mesas dos ministros, há tortura de grávidas, violência contra a mulher, uso de martelos para obter confissões e um sólido entendimento de que as polícias eram violentas com os presos.
"Há muita fanfarronice. Tem gente que nem é militar e faz apologia como se fossem coisas heroicas. Você vê pessoas que nasceram 30 anos depois da ditadura apoiando as práticas. Deputados se envolvem com isso porque não têm condição de discutir coisas válidas", disse.
- Assista ao UOL News e veja a íntegra da entrevista com o general Santos Cruz:
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